Hérnia umbilical primária: melhor manejo operatório no adulto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2021.172177

Palavras-chave:

Hérnia umbilical, Parede abdominal, Telas cirúrgicas

Resumo

Modelo do estudo: Revisão sistemática. Objetivo: Avaliar se é facultativo ou imprescindível o uso de malha cirúrgica no reparo das pequenas hérnias umbilicais primárias, com orifício menor que 2 cm, a fim de oferecer melhores evidências aos cirurgiões e, assim, aprimorar o método cirúrgico e o seu desfecho. Métodos: Trata-se de uma revisão da literatura, cuja busca foi direcionada aos artigos que abordassem o manejo operatório das hérnias abdominais, sobretudo das hérnias umbilicais de pequeno tamanho. A pesquisa foi realizada nas bases de dados primárias PubMed, LILACS, Cochrane Library e Periódicos CAPES. Resultados: No total, foram incluídos quatro estudos. Foram avaliadas as taxas de recorrência, bem como as de complicações pós-operatórias após a correção da hérnia umbilical com e sem o uso de tela, observando-se o tamanho do defeito abdominal. Foi observada diminuição da recorrência das hérnias após o reparo com tela. No entanto, complicações, como infecção da ferida operatória, foram mais comumente observadas com o uso da prótese. Não houve consenso quanto ao uso da tela em hérnias menores que 1 cm. Conclusão: O uso de próteses pode vir a ser o tratamento de escolha no reparo das hérnias umbilicais primárias. Contudo, mais estudos são necessários para avaliar o papel dessa estratégia no manejo das hérnias menores que 1 cm.

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Biografia do Autor

  • Deborah Campos Oliveira, Universidade Federal de Ouro Preto

    (Bacharela em Biomedicina e Mestra em Biotecnologia pela Universidade Federal de Ouro Preto-MG)

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Publicado

2021-07-02 — Atualizado em 2021-07-16

Edição

Seção

Artigo de Revisão

Como Citar

1.
Barbosa C de A, Oliveira DC, Assunção M de M, Guimarães MF. Hérnia umbilical primária: melhor manejo operatório no adulto. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 16º de julho de 2021 [citado 30º de abril de 2024];54(1):e172177. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/172177