Apoio matricial em saúde mental: alcances e limites na atenção básica

Autores

  • Ana Patrícia Pereira Morais Universidade Estadual do Ceará
  • Oswaldo Yoshimi Tanaka Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902012000100016

Palavras-chave:

Saúde Mental, Atenção Básica à Saúde, Serviços Básicos de Saúde, Apoio Matricial

Resumo

As mudanças na atenção à saúde mental no município de Fortaleza têm um processo histórico e político recente, comparada a outros municípios cearenses, que no início dos anos 1990 já se lançavam pioneiros no processo. Fortaleza não implementou as mudanças devido aos interesses dos hospitais psiquiátricos, ambulatórios de psiquiatria da rede pública e dificuldade de gestão dos novos dispositivos e equipamentos de saúde mental presentes na Atenção Básica (AB). No município, a reorganização das ações e serviços de saúde mental tem exigido da Rede Básica o enfrentamento do desafio de atender aos problemas de saúde mental com a implementação do Apoio Matricial (ApM). Mediante o contexto, buscou-se avaliar o ApM em saúde mental em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e identificar alcances e limites nas Unidades Básicas de Saúde com ApM. O presente estudo utilizou uma abordagem qualitativa, tipo estudo de caso. Foram entrevistados doze profissionais das Equipes de Saúde da Família de quatro UBS com apoio matricial implantado. A análise das informações revela que o acesso, a tomada de decisão, a participação e os desafios da implementação do ApM são elementos que se apresentam de forma dialética frágeis e fortes na reorganização dos serviços e das práticas. A presença do ApM na AB ressalta a proposta de trabalhar saúde mental em rede no município. O processo não está findo. Mobilização, sensibilização e capacitação da AB precisam ser incrementadas constantemente, mas a implementação tem possibilitado, ao serviço e aos profissionais, maior aceitação da saúde mental na AB.

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Publicado

2012-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Morais, A. P. P., & Tanaka, O. Y. (2012). Apoio matricial em saúde mental: alcances e limites na atenção básica . Saúde E Sociedade, 21(1), 161-170. https://doi.org/10.1590/S0104-12902012000100016