Bem viver para a próxima geração: entre subjetividade e bem comum a partir da perspectiva da ecossocioeconomia

Autores/as

  • Carlos Alberto Cioce Sampaio Universidade Federal do Paraná
  • Craig David Parks Washington State University; Psychology Department
  • Oklinger Mantovaneli Junior Universidade Regional de Blumenau; Centro de Ciências Humanas e da Comunicação
  • Robert Joseph Quinlan Washington State University; Anthropology Department
  • Liliane Cristine Schlemer Alcântara Universidade Federal de São Carlos; Centro de Ciências Agrárias; Departamento de Desenvolvimento Rural

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0104-12902017166634

Palabras clave:

Bem Viver, Dinâmica Socioambiental, Subjetividade, Bem Comum

Resumen

Bem Viver (BV) é tema intrigante quando se distancia da chamada sociedade de consumo. Diante do fenômeno das mudanças climáticas, não faz sentido discutir BV subjetivamente, sem correlacioná-lo ao significado de bem comum. O objetivo é dialogar sobre o tema do BV, relevando o interesse das gerações futuras, a partir da relação dialética entre subjetividade e bem comum e da complementaridade entre a dinâmica entre ser humano e natureza. Trata-se de um ensaio. A discussão remete à visão ecocêntrica, em que sugere que o sistema social está interconectado ao ecológico, sobretudo na ocasião em que se considera a produção do BV para gerações futuras. O BV, mais do que condição material, socioeducacional e de saúde, é estado particular de felicidade, no qual vigoram padrões culturais distintos. Não se nega abstrair a lógica econômica - na qual o sujeito calcula consequências individuais, mas releva territorialmente o bem comum -, e não é ela hegemônica ou mesmo determinante nos processos de produção e reprodução humana, dos quais resulta o sujeito esvaziado. Por fim, o BV não pode ficar relegado a conquistas de outras gerações ou ainda a um modo de vida “cool”, desresponsabilizado e descontextualizado em relação a gerações futuras. Subjetividade e bem comum podem se reconciliar no plano de uma esfera societária que não seja reduzida a mero cálculo e em que o ser humano não deponha, nem ao outro (política) nem a si (psique), na produção de caminho ecossocioeconômico, o que constitui uma vida humana associada que não relegue sistemicamente o seu próprio processo de socialização.

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Publicado

2017-03-01

Número

Sección

Original research articles

Cómo citar

Sampaio, C. A. C., Parks, C. D., Mantovaneli Junior, O., Quinlan, R. J., & Alcântara, L. C. S. (2017). Bem viver para a próxima geração: entre subjetividade e bem comum a partir da perspectiva da ecossocioeconomia. Saúde E Sociedade, 26(1), 40-50. https://doi.org/10.1590/s0104-12902017166634