Uso dos serviços públicos de saúde para DST/HIV/aids por comunidades remanescentes de Quilombos no Brasil

Autores/as

  • Maria Josenilda Gonçalves da Silva Universidade de Brasília; Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares; Núcleo de Estudos de Saúde Pública
  • Francisca Sueli da Silva Lima Universidade de Brasília; Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares; Núcleo de Estudos de Saúde Pública
  • Edgar Merchan Hamann Universidade de Brasília; Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares; Núcleo de Estudos de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902010000600011

Palabras clave:

DST, HIV, Aids, População negra, Remanescente de quilombos

Resumen

INTRODUÇÃO: A epidemia de aids atinge com maior intensidade os grupos mais vulneráveis. As tendências de interiorização, pauperização e feminização demonstram que a população negra se encontra em desvantagem social no que se refere à construção de respostas de enfrentamento. OBJETIVO: Descrever as condições de acesso da população negra ao diagnóstico e à assistência para DST, HIV/aids. MÉTODOS: Estudo transversal com 218 sujeitos maiores de 18 anos com vida sexual ativa em 11 comunidades quilombolas. RESULTADOS: 75% utilizam os serviços públicos na atenção básica. Antecedentes de sinais e sintomas de DST foram relatados por 10% dos entrevistados e a maioria procurou o serviço público de saúde. A testagem para HIV foi realizada por 22%. O serviço público não especializado foi utilizado por 73%. As mulheres que referiram sinais e sintomas de DST procuraram o serviço público e realizaram o teste para HIV com maior frequência que os homens. Houve uma maior percepção de dificuldades de atendimento, busca de assistência no serviço privado e testagem mais frequente entre os mais jovens. Pessoas negras perceberam maior dificuldade no atendimento, maior relato de sinais e sintomas de DST e maior frequência de automedicação quando comparadas às não negras. Contudo, a avaliação do serviço foi considerada ótima/boa por 45%. Entre pessoas não negras houve maior procura pelo serviço público. CONCLUSÃO: O estudo reafirma a necessidade de políticas públicas voltadas aos segmentos mais vulneráveis. É importante ressaltar a necessidade da capacitação das equipes do PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) e PSF (Programa Saúde da Família) pela sua relevância na assistência dessas comunidades.

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Publicado

2010-12-01

Número

Sección

nd404124687

Cómo citar

Silva, M. J. G. da, Lima, F. S. da S., & Hamann, E. M. (2010). Uso dos serviços públicos de saúde para DST/HIV/aids por comunidades remanescentes de Quilombos no Brasil . Saúde E Sociedade, 19(supl.2), 109-120. https://doi.org/10.1590/S0104-12902010000600011