A vigilância sanitária no Facebook: potências e fragilidades da comunicação do risco sanitário na esfera digital
DOI :
https://doi.org/10.1590/S0104-12902020181173Mots-clés :
Comunicação de Risco, Vigilância Sanitária, Risco Sanitário, Mídias Sociais, Direito à SaúdeRésumé
Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa de mestrado que estudou o campo da comunicação em vigilância sanitária por meio do Facebook, a plataforma social mais popular no Brasil e que sustenta uma nova configuração comunicativa para a promoção da saúde. Busca-se revelar potências e fragilidades dos processos comunicativos digitais que evocam a midiatização do risco sanitário, a fim de verificar se essas iniciativas podem ser consideradas ferramentas de proteção social e de consolidação do direito à saúde. Primeiramente, identificamos as vigilâncias sanitárias com páginas no Facebook. Então, analisamos o que estava sendo comunicado e de que forma. O aplicativo Netvizz foi empregado na mineração dos dados. Fundamentos da análise de redes sociais e da análisedeconteúdoguiaramomodeloanalíticoproposto. AspáginasnoFacebookdaAgênciaNacionaldeVigilância Sanitária (Anvisa Oficial) e da Vigilância Sanitária do município do Rio de Janeiro (Vigilância Sanitária Rio) foram selecionadas para análise de conteúdo. Das 30 postagens de maior engajamento, publicadas entre 1º de junho e 1º de dezembro de 2017, foram revelados os temas com mais reações, comentários e compartilhamentosporpartedosusuários conectados: medicamento, na página Anvisa Oficial; e controle de zoonoses, para a Vigilância Sanitária Rio. Cada tema está associado a uma diversidade de riscos sanitários, os quais revelam tensões e conflitos entre a sociedade e o poder público conectados. Acreditamos na comunicação digital como alternativa contemporânea para incrementar ferramentas de proteção social, fortalecer o direito à informação e, consequentemente, consolidar o direito à saúde.
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