O declínio da luta pelo direito à saúde e a necessária repolitização da Reforma Sanitária Brasileira na escrita de Amélia Cohn

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902022210219pt

Palavras-chave:

Amélia Cohn, Reforma sanitária, Direito à saúde, Pensamento social em saúde, Ciências sociais em saúde

Resumo

A garantia do direito à saúde no Brasil tem sido bastante discutida nos últimos anos, entretanto, esse é um debate antigo, ao qual este artigo busca resgatar. O objetivo deste estudo é apresentar as contribuições da socióloga Amélia Cohn referentes à Reforma Sanitária Brasileira (RSB), para discutir a atualidade de suas questões e refletir sobre a relação entre saúde e democracia. As teses de Cohn sobre a RSB são discutidas com base nos textos de sua autoria, publicados entre 1989 e 2013. A partir da ideia de "declínio do campo da RSB", buscou-se sistematizar o conjunto das suas críticas nos diferentes períodos históricos. Enfatiza-se que, já em 1992, a autora afirmou o esgotamento da RSB. No contexto de implantação do SUS na década de 1990, apontou a necessidade de elaboração de um novo projeto de saúde para o país. Na década seguinte, Cohn reconheceu a perda do protagonismo na saúde devido à despolitização do campo da RSB no processo de implantação do SUS, o que fragilizou a distinção entre as novas formas de acumulação de capital – a incorporação da racionalidade de mercado na produção e a oferta de serviços ­e a garantia do direito à saúde.

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Biografia do Autor

  • Erika Rodrigues da Silva, Universidade de São Paulo

    Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Política, Gestão e Saúde. São Paulo, SP, Brasil.

  • Aurea Ianni, Universidade de São Paulo

    Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Política, Gestão e Saúde. São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2022-11-11

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Silva, E. R. da, & Ianni, A. (2022). O declínio da luta pelo direito à saúde e a necessária repolitização da Reforma Sanitária Brasileira na escrita de Amélia Cohn. Saúde E Sociedade, 31(3), e210219pt. https://doi.org/10.1590/S0104-12902022210219pt