Propostas alternativas de gestão hospitalar e o protagonismo dos trabalhadores: por que as coisas nem sempre acontecem como os dirigentes desejam?

Autores

  • Luiz Carlos de Oliveira Cecílio Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
  • Taniella Carvalho Mendes Secretaria Municipal de Saúde de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902004000200005

Palavras-chave:

Gestão, Poder, Micropolítica, Organização Hospitalar, Processo de Trabalho

Resumo

O artigo apresenta e discute o estudo de observação realizado em um hospital público municipal, com o objetivo de caracterizar como os trabalhadores, no seu cotidiano e com suas práticas concretas, se apropriam de uma determinada política institucional estabelecida pela direção, em particular a implementação de novas formas de se fazer a gestão e as diretrizes para a reorganização do processo de trabalho. O estudo permitiu mostrar que, na micropolítica do hospital, as diretrizes da direção sofrem uma espécie de "distorção" ao atravessarem o denso campo de forças resultante do protagonismo dos trabalhadores e de suas incontáveis estratégias visando a defesa dos seus espaços de autogoverno. Tais diretrizes são reinterpretadas, ressignificadas e traduzidas em práticas que mais parecem manter certos instituídos - em particular a ainda expressiva autonomia da prática médica e das relações de dominação dos médicos em relação às outras corporações - do que reiventar, efetivamente, as relações existentes na vida hospitalar.

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Publicado

2004-08-01

Edição

Seção

nao definida

Como Citar

Cecílio, L. C. de O., & Mendes, T. C. (2004). Propostas alternativas de gestão hospitalar e o protagonismo dos trabalhadores: por que as coisas nem sempre acontecem como os dirigentes desejam? . Saúde E Sociedade, 13(2), 39-55. https://doi.org/10.1590/S0104-12902004000200005