“Necessidades de saúde”: reflexões acerca da (in)definição de um conceito

Autores

  • Gabriele Carvalho de Flores Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde https://orcid.org/0000-0002-2610-3003
  • Joyce Andrade das Flores Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde https://orcid.org/0000-0003-4110-5610
  • Kenneth Rochel de Camargo Junior Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde https://orcid.org/0000-0003-3606-5853

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902022200983

Palavras-chave:

Necessidades de atenção à saúde, Filosofia, Ciência e saúde

Resumo

Definir um conceito de necessidades em saúde é fundamental para estabelecer limites às intervenções médico-sanitárias, sejam individuais ou coletivas. Como muitas expressões de uso técnico corrente, há uma variação considerável dos sentidos atribuídos à expressão “necessidades de saúde”. A hipótese que guiou este trabalho é de que a literatura especializada apresenta uma falta de rigor na definição e utilização do termo, o que constitui em si um problema ético e político, visto que pode reverberar em questões como alocação de recursos, na definição de estratégias e ações de um projeto terapêutico. Foi realizada uma análise temática em artigos publicados nas bases BVS e Pubmed em português, espanhol e inglês, com os respectivos descritores: determinação de necessidades de cuidados de saúde, evaluacíon de necessidades e needs assessment. Constatou-se que “necessidades de saúde” é um objeto pouco explorado numa perspectiva que envolva sua reflexão. Há uma ausência de definição conceitual nos trabalhos em que aparece, denotando uma falta de uniformidade no entendimento teórico acerca dessa expressão. A falta de um conceito strictu sensu e a complexidade dos fatores envolvendo o descritor resulta em um uso difuso, com problematização incipiente e, por vezes, conveniente ao contexto empregado.

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Biografia do Autor

  • Gabriele Carvalho de Flores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde

    Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

  • Joyce Andrade das Flores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde

    Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

  • Kenneth Rochel de Camargo Junior, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde

    Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro, Departamento de Planejamento e Administração em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Publicado

2022-01-18

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Flores, G. C. de, Flores, J. A. das, & Camargo Junior, K. R. de. (2022). “Necessidades de saúde”: reflexões acerca da (in)definição de um conceito. Saúde E Sociedade, 31(1). https://doi.org/10.1590/S0104-12902022200983