Biopolíticas da depressão nos imigrantes Africanos
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-12902009000400004Palavras-chave:
Imigrantes africanos, Depressão, Biopolíticas, Psiquiatria culturalResumo
Este artigo foca o tema controverso das biopolíticas da depressão em imigrantes, em particular nos originários da África sub-sahariana. Os sintomas depressivos, ligados à ansiedade, são identificados também pela nova e mais importante patologia mental dos imigrantes: a Síndroma de Ulisses, de stress múltiplo e crónico, já definido como "o mal do século vinte e um", e que atinge principalmente os africanos. Não só entre estes imigrantes mas também em África, segundo um estudo conduzido pela OMS, a depressão tornou-se uma das principais patologias mentais. O tratamento farmacológico do sofrimento, entendido como fenómeno orgânico, é considerado o único caminho possível, silenciando os processos históricos, políticos e socioeconómicos que lhe estão na base. A atenção é portanto focada na saúde mental do indivíduo, desviando-a de problemas sociais de difícil resolução, que necessitariam de respostas económicas e políticas.Downloads
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Publicado
2009-01-01
Edição
Seção
Parte I - Artigos
Como Citar
Pussetti, C. (2009). Biopolíticas da depressão nos imigrantes Africanos . Saúde E Sociedade, 18(4), 590-608. https://doi.org/10.1590/S0104-12902009000400004