Gênero, "o Corpo" e "Imitação Prestigiosa" na Cultura Brasileira

Autores

  • Mirian Goldenberg Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Filosofia e Ciências Sociais; Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000300002

Palavras-chave:

Gênero, Corpo, Sexualidade, Cultura Brasileira

Resumo

Neste texto discute-se o papel do corpo como uma importante forma de capital (físico, simbólico e social) na cultura brasileira. Busca-se mostrar os traços distintivos de uma cultura em que o corpo é um elemento crucial na construção de uma identidade nacional, a partir das ideias de Gilberto Freyre, Marcel Mauss e Pierre Bourdieu. "O corpo" é um capital no universo pesquisado, um corpo distintivo que sintetiza três conceitos: 1) o corpo como uma insígnia (ou emblema) do esforço de cada um para controlar, aprisionar e domesticar o corpo a fim de conseguir a "boa forma", 2) o corpo como um ícone da moda (ou grife), que simboliza a superioridade daqueles que o possuem, e 3) o corpo como um prêmio (medalha), merecidamente conquistado por aqueles que foram capazes de alcançar uma forma física mais "civilizada", através de muito trabalho e sacrifício. Pode-se dizer que no Brasil "o corpo" é um capital, talvez um dos mais desejados pela classe média urbana e outros estratos sociais, que percebem "o corpo" como um veículo para a ascensão social, e também uma importante forma de capital no mercado de trabalho, no mercado de casamento e, também, no mercado erótico.

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Publicado

2011-01-01

Edição

Seção

Parte I - Artigos

Como Citar

Goldenberg, M. (2011). Gênero, "o Corpo" e "Imitação Prestigiosa" na Cultura Brasileira . Saúde E Sociedade, 20(3), 543-553. https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000300002