Avaliação econômica da rubéola e de estratégia de controle em situação de surto em Fortaleza (Ceará), Brasil

Autores

  • Daniel Marques Mota Agência Nacional de Vigilância Sanitárias; Coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados
  • Henrique de Barros Moreira Beltrão Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde
  • Tatiana Miranda Lanzieri Consultora do Ministério da Saúde; Secretaria de Vigilância em Saúde
  • Lúcia Costa Vieira Estado do Ceará; Secretaria da Saúde
  • Márcio Machado University of Toronto; Technology Assessment Collaborative; Toronto Health Economics and Health

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000300014

Palavras-chave:

Brasil, Farmacoeconomia, Rubéola, Surtos, Vacina

Resumo

Em 2007, o país vivenciou uma epidemia de rubéola, com 8.683 casos confirmados. Realizou-se uma avaliação econômica da rubéola e de uma estratégia de controle em surto ocorrido em Fortaleza em 2007. Dois estudos de avaliação econômica foram conduzidos. O primeiro foi uma análise de custo-enfermidade dos casos confirmados, e o segundo, uma análise de custo-efetividade entre duas estratégias de intervenção relacionadas à rubéola. Comparou-se o custo-efetividade da vacinação emergencial (i.e., operação limpeza) com o prestar assistência de saúde aos casos confirmados de rubéola. O estudo considerou as perspectivas econômicas do governo brasileiro por intermédio do Ministério da Saúde e também da sociedade, em que custos diretos e indiretos da prevenção e do tratamento da rubéola foram incluídos nas análises. O custo-enfermidade total dos 21 casos de rubéola foi de R$ 2.008,54 (médio R$ 95,65) e R$ 14.009,20 (médio R$ 667,10), desde as perspectivas do governo e sociedade, respectivamente. Os valores estimados para o custo-enfermidade total no país foram de aproximadamente R$ 831 mil para o governo e R$ 5.8 milhões para a sociedade. A análise de custo-efetividade incremental mostrou que a operação limpeza foi considerada dominante sobre a assistência aos casos de rubéola, produzindo maiores benefícios (i.e., redução dos casos de rubéola) a um menor custo. Esses resultados mostraram-se robustos em uma série de análises de sensibilidade. A análise de custo-efetividade nos mostrou que a alternativa de vacinação emergencial apresentou uma melhor relação de custo-efetividade e resultou em uma economia de recursos em ambas as perspectivas adotadas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2011-01-01

Edição

Seção

Parte I - Artigos

Como Citar

Mota, D. M., Beltrão, H. de B. M., Lanzieri, T. M., Vieira, L. C., & Machado, M. (2011). Avaliação econômica da rubéola e de estratégia de controle em situação de surto em Fortaleza (Ceará), Brasil . Saúde E Sociedade, 20(3), 691-701. https://doi.org/10.1590/S0104-12902011000300014