Atendimento médico de urgência na grande São Paulo

Autores

  • Sueli Gandolfi Dallari Universidade de São Paulo
  • Sérgio de Moraes Pittelli Universidade de São Paulo
  • Wilson R. B. Pirotta Tribunal Regional do Trabalho - 2ª Região
  • Milca Lopes de Oliveira Tribunal Regional do Trabalho - 2ª Região

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902001000200006

Palavras-chave:

emergência médica, planejamento em saúde, direito sanitário

Resumo

Analisa-se a situação do atendimento às emergências médicas na Região Metropolitana de São Paulo, durante o ano de 1999, examinando toda a legislação pertinente, descrevendo o processo de atendimento observado em um Plantão Controlador Regional (PCR) e verificando a adequação dos procedimentos adotados às normas que regem o setor e ao efetivo atendimento da demanda. Foram analisados documentos, realizadas entrevistas e observação do funcionamento do sistema, com um pesquisador no PCR, ao mesmo tempo em que outros acompanhavam os chefes dos plantões nos três hospitais gerais. Descreve-se a história oral da criação do sistema e a rotina dos serviços, onde se verificou que faltavam plantonistas no PCR; que os médicos responsáveis pelos plantões da emergência, não obedeciam a mesma rotina de procedimentos; que muitas pessoas - inclusive os médicos plantonistas - não sabiam o que é o PCR; que muitas vezes a falta de transporte impediu a transferência; que os Serviços de Arquivo Médico e de Estatísticas dos hospitais pesquisados são desatualizados; que faltam recursos materiais e humanos. Apesar de a amostra não permitir generalizações, constatou-se que faltam leitos para UTI Neonatal; que os motivos mais freqüentes para a solicitação de recursos foram: falta de leito, falta ou quebra de equipamento e falta de profissional; que as solicitações tiveram, na quase totalidade dos casos, uma primeira resposta negativa, cujos motivos mais freqüentes eram a falta de vaga, o equipamento não estar disponível e a indisponibilidade de transporte; que a maioria dos casos chegou ao PCR depois de ter procurado solucionar seu problema por conta própria, alegando a demora no encontro da solução como justificativa para esse comportamento. Com base na normatização do sistema e na análise de experiências internacionais, são feitas sugestões para a eficaz implementação de um sistema metropolitano de atendimento à emergência médica na Grande São Paulo.

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Publicado

2001-12-01

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Dallari, S. G., Pittelli, S. de M., Pirotta, W. R. B., & Oliveira, M. L. de. (2001). Atendimento médico de urgência na grande São Paulo . Saúde E Sociedade, 10(2), 75-99. https://doi.org/10.1590/S0104-12902001000200006