Avaliação da assistência farmacêutica básica nos municípios de abrangência da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul

Autores

  • Carmen L. B. De Bernardi Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul; Departamento de Ciências da Saúde
  • Emily Wagner Bieberbach Farmácia São Pedro
  • Henrique Inácio Thomé Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul; Departamento de Ciências da Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902006000100008

Palavras-chave:

Indicadores de serviços, Indicadores de qualidade em assistência à saúde, Administração em saúde pública, Prescrição de medicamentos, Uso de medicamentos, Estudos transversais

Resumo

A aplicação de indicadores para a avaliação das ações desenvolvidas pela Assistência Farmacêutica nos municípios é uma estratégia de organização da atenção e gestão em saúde. O objetivo deste estudo é avaliar a Assistência Farmacêutica Básica, através de indicadores, nos vinte municípios de abrangência da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul. MÉTODOS: Estudo transversal utilizando indicadores da Assistência Farmacêutica, propostos pela Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul (SES/RS), em cada Secretaria Municipal de Saúde dos 20 municípios que compõem a 17ª Coordenadoria Regional de Saúde de Ijuí/RS. Em cada município foi entrevistado o responsável pela farmácia. RESULTADOS: Apenas cinco municípios tinham farmacêutico responsável pela farmácia. Participaram de algum tipo de capacitação, 25% dos trabalhadores. Apenas 15% dos municípios tinham a Relação de Medicamentos Básicos afixada em local visível. O controle de estoque de medicamentos foi seguido por 90% dos municípios. Quanto aos medicamentos marcadores, 78% estavam disponíveis. O número médio de medicamentos por prescrição foi de 2,0. Dos prescritos, 76% pertenciam à Relação de Medicamentos Básicos, e 64% utilizaram a Denominação Comum Brasileira e/ou a Denominação Comum Internacional. Foram dispensados 88% dos medicamentos prescritos. CONCLUSÕES: A Assistência Farmacêutica Básica nos municípios é deficitária, exigindo maiores investimentos em recursos humanos, físicos e materiais. A ausência do farmacêutico na equipe de saúde é um fator importante, ainda que não o único, da fragmentação da execução, das etapas do ciclo da Assistência Farmacêutica e da baixa eficiência das ações de saúde neste âmbito.

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Publicado

2006-04-01

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

De Bernardi, C. L. B., Bieberbach, E. W., & Thomé, H. I. (2006). Avaliação da assistência farmacêutica básica nos municípios de abrangência da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde do Rio Grande do Sul . Saúde E Sociedade, 15(1), 73-83. https://doi.org/10.1590/S0104-12902006000100008