Vimala Devi, Ida Vitale e Gabriela Mistral: diáspora ao feminino ou a lusofonia em diálogo

Autores

  • Carolina Cunha Carnier

DOI:

https://doi.org/10.11606/va.i38.167092

Palavras-chave:

poesia feminina, memória, exílio, pós-colonial

Resumo

A América Latina e certos territórios coloniais europeus da África e Ásia, apesar de contextos diversos, são terrenos de convergência de formas poéticas que problematizam a memória e o exilio. Se muito já se disse sobre a influência da obra de Gabriela Mistral na escrita de autores diversos, é inédita, no entanto a aproximação de seu lirismo com as representações da Montevideo de Vitale, bem como com as relações ao sensível explícitas nas representações de Goa de Devi. Concentro-me, respectivamente, nas três partes dessa análise, em uma seleção de poemas de Procura de lo Impossible (1998) de Ida Vitale, Poema de Chile de Gabriela Mistral (1967) e de Súria (1962) de Vimala Devi.

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Biografia do Autor

  • Carolina Cunha Carnier

    Doutora em literatura francesa e brasileira pela Universidade de Lyon e a Universidade de São Paulo. Trabalha com a poesia moderna e contemporânea sob uma perspectiva comparatista. Seu último artigo publicado concerne a poesia escrita por mulheres numa perspectiva transatlântica: "Corps, langue et mémoire. Éléments pour une étude genrée de l'espace poétique ouest-atlantique", In: L'Atlantique littéraire au féminin. Approches comparatistes (XXe- XXIe siècles). Clermont-Ferrand: Presses universitaires Blaise Pascal, 2020.

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Publicado

2020-12-23

Como Citar

Vimala Devi, Ida Vitale e Gabriela Mistral: diáspora ao feminino ou a lusofonia em diálogo. (2020). Via Atlântica, 21(2), 363-400. https://doi.org/10.11606/va.i38.167092