Expressão comportamental das diferenças sexuais no campo aberto e na atividade da colinesterase plasmática de ratos machos, fêmeas e fêmeas masculinizadas

Autores

  • Luciano Freitas Felicio Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP.
  • Helenice de Souza Spinosa Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP.
  • Luiz Carlos de Sa Rocha Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP.
  • Erica Engelberg Teixeira da Silva Hucke

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.1994.52082

Palavras-chave:

Características sexuais, Colinesterase, Testosterona, Comportamento animal

Resumo

Sabe-se que algumas diferenças sexuais no metabolismo e no comportamento estão relacionadas com o efeito neonatal da testosterona e outras não sofrem esse tipo de influência. O objetivo desses experimentos foi estudar o desenvolvimento das diferenças sexuais na atividade da colinesterase plasmática e de determinar se essas diferenças seriam relacionadas com a exposição pós-natal à testosterona em ratos. A atividade geral no campo aberto foi também verificada como um indicador comportamental das ações da testosterona na diferenciação sexual do sistema nervoso central. Foram usados três grupos de animais: machos normais, fêmeas normais e fêmeas masculinizadas (1 mg testosterona. SC, no 2º. dia de vida pós-natal). A atividade geral no campo aberto foi medida durante três dias consecutivos logo após o desmame (21 - 23 dias de idade), durante o início da puberdade (30 - 36 dias de idade) e nos adultos (90 - 110 dias de idade); a atividade da colinesterase plasmática foi medida aos 22, 30 - 36 e 90 - 110 dias de idade. Como esperado, foi encontrada uma diferença sexual no campo aberto entre machos e fêmeas normais. O tratamento pós-natal com andrógeno nas fêmeas diminuiu a atividade no campo aberto na idade adulta a padrões similares àqueles observados para machos normais. Foram observadas diferenças similares logo após o desmame, mas não aos 22 e aos 30 - 36 dias de idade. Em contraste, foram observadas diferenças significantes na atividade da colinesterase de animais adultos mas não nos dias 22 e 30 - 33 de idade. Quando comparadas às fêmeas normais, as fêmeas masculinizadas não apresentaram diferenças na atividade da colinesterase plasmática, sendo que esses dois grupos foram diferentes dos machos. Esses resultados sugerem que as diferenças sexuais na atividade da colinesterase plasmática de ratos adultos não são dependentes de exposição a testosterona durante o início da vida pós-natal. Além disso os resultados demonstram que sob estresse (desmame) as diferenças sexuais no comportamento no campo aberto podem ser observadas já aos 21-23 dias de idade.

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Publicado

1995-03-01

Edição

Seção

CIÊNCIAS BÁSICAS

Como Citar

1.
Felicio LF, Spinosa H de S, Rocha LC de S, Hucke EET da S. Expressão comportamental das diferenças sexuais no campo aberto e na atividade da colinesterase plasmática de ratos machos, fêmeas e fêmeas masculinizadas. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de março de 1995 [citado 14º de maio de 2024];32(1):5-10. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/52082