Viabilidade in vitro do espermatozóide canino congelado em diluidor tris-frutose-ácido cítrico com etileno glicol

Autores

  • Camila Infantosi Vannucchi Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP
  • Silvia Edelweiss Crusco dos Santos Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP
  • José Antonio Visintin Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-95961999000400007

Palavras-chave:

Etilenoglicol, Crioprotetores, Congelamento, Sêmen, Cães

Resumo

A utilização de sêmen congelado tornou-se extremamente comum na prática da inseminação artificial em cães, estimulando a pesquisa de métodos de congelação e diluidores. Neste estudo foram avaliadas as propriedades criopreservativas do etileno glicol na concentração final de 5%, utilizado em 3 diferentes protocolos de congelação. No Método I, uma parte de sêmen foi adicionada a duas partes de tris-frutose-ácido cítrico, contendo 7,5% de etileno glicol e congelado sem prévia refrigeração. No Método II, uma parte de sêmen foi adicionada a duas partes de tris-frutose-ácido cítrico contendo 7,5% de etileno glicol e resfrigerado até 5ºC por 1 hora antes da congelação. No Método III, uma parte de sêmen foi adicionada a uma parte de tris-frutose-ácido cítrico sem etileno glicol e refrigerado até 5ºC por 1 hora, sendo em seguida adicionada uma parte de tris-frutose-ácido cítrico, previamente refrigerado até 5ºC, contendo 15% de etileno glicol, mantido a 5ºC por mais 1 hora e congelado. Para a congelação em cada método, o sêmen foi envasado em palhetas plásticas de 0,5 ml, colocadas em vapor de nitrogênio a 5 cm da coluna líquida por 20 minutos, mergulhadas no nitrogênio líquido e armazenadas. Todas as amostras foram descongeladas em banho-maria a 37ºC durante 30 segundos e imediatamente avaliadas. O Método III não apresentou decréscimo significante da motilidade retilínea progressiva após a descongelação e apresentou os melhores resultados para o vigor espermático, comparando-se aos demais métodos. Entretanto, os 3 métodos não apresentaram diferença significativa com relação aos defeitos espermáticos pós-descongelação. Os tipos de defeitos mais freqüentemente encontrados foram cabeça solta normal, cauda dobrada, fortemente dobrada e fortemente enrolada. Foi possível concluir que o tempo de equilíbrio maior no diluidor tris-frutose-ácido cítrico seguido pela diluição em etileno glicol antes da congelação parece produzir para os espermatozóides de cães a melhor motilidade retilínea progressiva e vigor após a descongelação.

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Publicado

1999-01-01

Edição

Seção

MEDICINA VETERINÁRIA

Como Citar

1.
Vannucchi CI, Santos SEC dos, Visintin JA. Viabilidade in vitro do espermatozóide canino congelado em diluidor tris-frutose-ácido cítrico com etileno glicol. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de janeiro de 1999 [citado 16º de junho de 2024];36(4):205-11. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/5748