A objeção do self parfitiano na guinada política de John Rawls

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v42i1p7-19

Palabras clave:

Teoria da justiça, Political Liberalism , Guinada política rawlsiana, Estabilidade da justiça

Resumen

Neste artigo, tratamos de um desafio lançado inicialmente por Derek Parfit contra a teoria da justiça de Rawls, que diz respeito ao problema da identidade pessoal e como isso pode se relacionar com os princípios distributivos da justiça. Acreditamos, como indicado por Paul Weithman, que tal problema desempenha um papel relevante na guinada política de Rawls – movimento pelo qual designamos as transformações em sua teoria do período de Uma Teoria da Justiça para o da publicação de Political Liberalism. O próprio Weithman já forneceu uma análise acurada de como essa objeção, a qual daqui em diante nos referimos como a objeção do self parfitiano, minou a primeira tentativa de Rawls de mostrar como sua concepção de justiça seria estável. É provável, no entanto, que seja fácil perder o rumo desse debate, que foi de certa forma mediado por Samuel Scheffler. É por isso que fornecemos uma exposição cronológica desse debate na seção 1. Depois disso, na seção 2, reafirmamos o relato de Weithman de como o self parfitiano mina a estabilidade da concepção de justiça de Rawls em Uma Teoria da Justiça. Por fim, na seção 3, examinamos se essa dificuldade é devidamente tratada em Political Liberalism. Assim, sobretudo com este último passo, esperamos que esta abordagem possa acompanhar e complementar as contribuições anteriores de Weithman.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Rafaela Fernandes Leite, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutoranda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professora Substituta no curso de Graduação em Direito na Universidade Federal de Ouro Preto.

  • Yago Condé Ubaldo de Carvalho, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutorando em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Referencias

KORSGAARD, C. M. “Personal Identity and the Unity of Agency: A Kantian Response to Parfit.”. Philosophy & Public Affairs, p. 101-132, 1989.

PARFIT, D. “Later selves and moral principles”. Philosophy and Personal Relations: An Anglo-French study. Ed. by Alan Montefiore. London: Routledge and Kegan Paul, pp. 137-169, 1973.

RAWLS, J. “The Independence of Moral Theory”. Proceedings and Addresses of the American Philosophical Association, Vol. 48, pp. 5-22, 1975.

RAWLS, J. A Theory of Justice. Revised Edition. Harvard: Harvard University Press, 2005.

RAWLS, J. Political Liberalism. Nova York: Columbia University, 1993.

SCHEFFLER, S. “Moral independence and the original position”. Philosophical Studies: An International Journal for Philosophy in the Analytic Tradition, Vol. 35, n. 4, pp. 397-403, 1979.

WEITHMAN, P. Why Political Liberalism? On John Rawls’s Political Turn. Oxford: Oxford University, 2010.

Publicado

2023-07-25

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

A objeção do self parfitiano na guinada política de John Rawls. (2023). Cadernos De Ética E Filosofia Política, 42(1), 7-19. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v42i1p7-19