O poder explicativo da infância no pensamento político de John Locke

Autores

  • Claudia Elias Duarte

Palavras-chave:

John Locke – Robert Filmer – infância – família – poder paternal.

Resumo

Este artigo pretende analisar os pressupostos que sustentam a refutação lockeana do patriarcalismo. Mostrar-se-á que as ideias implicadas na contra-argumentação de Locke – de poder paternal e de família – não partem da sua conhecida noção de liberdade humana. Contra as nossas expectativas, estes argumentos seguem outro caminho, partindo de dois aspectos da vida humana (dependência e fragilidade) que não combinam com a imagem de um homem livre, independente e capaz. Tendo isto presente, esperase ser possível concluir que alguns dos mais importantes argumentos políticos de John Locke estão fundados numa noção de infância; e que esta adquire um estatuto prático e teorético semelhante ao dos princípios de liberdade e igualdade humanas. Tal como estes, também a infância revelará um poder real para alcançar o propósito que parece percorrer os Dois Tratados, a saber, definir as fronteiras da autoridade política.

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Edição

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Artigos

Como Citar

O poder explicativo da infância no pensamento político de John Locke. (2011). Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(18), 89-111. https://www.revistas.usp.br/cefp/article/view/55724