Trabalhando como militar-músico: subjetividade, afetos e antinomias no Exército Brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.cpst.2022.179910

Palavras-chave:

Subjetividade, Exército, Trabalho, Música, Representações sociais

Resumo

O presente estudo teve como objetivo refletir acerca da experiência de trabalho no Exército Brasileiro e seus efeitos na subjetivação de militares- músicos, identificando suas estratégias de acomodação, resistência e singularização (invenção de vida) para lidarem com o modelo disciplinar e vigilante da instituição. Participaram deste estudo, de caráter qualitativo, descritivo e exploratório, sete sargentos músicos, pertencentes a uma banda de música do exército de uma cidade do Rio Grande do Sul, no  Brasil. Para se aproximar das experiências dos participantes, utilizou-se a técnica de grupo focal. As análises foram construídas considerando a noção de poder, especialmente a partir do referencial foucaultiano, e autores do campo das representações sociais. Foi percebida uma distinção entre ser músico ou militar músico, além de um forte sentimento de desvalorização dos militares-músicos. Concluiu-se que a música é um dispositivo importante para a saúde mental dos trabalhadores no exército, propiciando processos de resistência e a permanência em contexto militar.

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Biografia do Autor

  • Alessandra Caroline Ortiz Zimmerman, Prefeitura Municipal de Quaraí

    Mestre em Psicóloga (UFSM). Graduada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Integrou o Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Saúde (NEIS). Foi bolsista do projeto Redes de Aprendizagem (Ânima/UFSM), atuando como psicóloga. Foi bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq/UFSM (2015-2016) e de extensão FIEX/UFSM (2013-2014). Atualmente, é psicóloga na Prefeitura Municipal de Quaraí (RS) e atende em consultório particular no município.

  • Adriane Rubio Roso, Universidade Federal de Santa Maria

    Psicóloga e Professora Adjunta (Dedicação Exclusiva) na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq Nível 2. Orientadora de Mestrado (UFSM) e co-orientadora de doutorado (UFRGS). Pós-Doutora em Comunicação (UFSM). Mestre em Psicologia Social e da Personalidade e Doutora em Psicologia, com Doutorado Sanduíche (Columbia University), sendo Fulbright Alumni. Especialista em Saúde Pública (UFRGS/ FIOCRUZ/ ESP/RS) e em Gestão em Saúde (UFRGS). Certificada em Aconselhamento em Álcool/Drogas (University of California, UCLA). Lidera o grupo de pesquisa/estudos "Saúde, Minorias Sociais e Comunicação" (UFSM). Membro Efetivo do Grupo de Trabalho "Representações Sociais" da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP).

  • Ana Flavia de Souza, Universidade Federal de Santa Maria

    Psicóloga, graduada em Psicologia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Campus de Frederico Westphalen, RS (2020). Mestranda em Psicologia no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (UFSM) na linha de pesquisa Problemáticas de saúde e contextos institucionais. Bolsista da Capes. Integrande do Núcleo de pesquisa VIDAS (Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Psicologia Clínica-Social, UFSM).

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Publicado

2022-12-13

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Trabalhando como militar-músico: subjetividade, afetos e antinomias no Exército Brasileiro. (2022). Cadernos De Psicologia Social Do Trabalho, 25, e-179910. https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.cpst.2022.179910