Autogestão em construção: uma cooperativa de construção civil do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v9i1p53-71Palavras-chave:
Economia solidária, Saúde do trabalhador, Cooperativismo, Economia socialResumo
Buscou-se compreender mudanças nas condições de vida e trabalho possibilitadas a trabalhadores de uma cooperativa de construção civil. Identificou-se, além da busca pela viabilidade econômica frente às limitações do mercado, o significado que essa forma de trabalho adquire. Analisamos os processos de subjetivação representados pelos indivíduos sobre sua realidade ocupacional, a organização do trabalho, as práticas cooperativas, a distribuição dos rendimentos financeiros, além de aspectos relacionados à saúde e à participação social. Apesar das dificuldades em ultrapassar uma cultura do assalariamento, submissão e naturalização dos riscos ocupacionais, foram constatadas mudanças sociais significativas e novas formas de se promover e produzir saúde, do ponto de vista psicossocial. Os resultados mostram que a experiência, além de constituir um meio viável de sobrevivência e de melhoria da qualidade de vida, possibilita o aperfeiçoamento profissional e o exercício da autonomia, da cooperação, da solidariedade e um envolvimento crescente com as questões sociais, políticas e comunitárias.Downloads
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