Análise do desenvolvimento temático dos estudos sobre games na educação

Autores

  • Jeferson Antunes Universidade Federal do Ceará
  • Eduardo Santos Junqueira Rodrigues Rodrigues Instituto UFC Virtual

Palavras-chave:

Games, Educação, Cientometria, Aprendizagem baseada em jogos, Design de jogos

Resumo

Os estudos sobre games na educação contemplam uma variedade de áreas, bem como dizem respeito à interação lúdica promovida através dos jogos para proporcionar o engajamento de estudantes em tarefas educativas. Esses estudos são frutos de pesquisas teóricas, e principalmente empíricas, que tentam compreender, para além do game como entretenimento, sua inter-relação com a educação. Mas, como esse campo de estudo se desenvolve na contemporaneidade? Quais campos do conhecimento estão imbricados nessa construção? Quais os elementos atuais de discussão nesse campo de estudo? Para contribuir com esses questionamentos, este estudo tem por objetivo: analisar a produção científica de alto impacto relacionada aos games na educação; tendo como demais objetivos: descrever as relações dos campos envolvidos na construção do conhecimento de alto impacto sobre games na educação; e compreender os principais elementos da construção do conhecimento de alto impacto sobre games na educação. Nesse intento, toma-se por aporte metodológico a cientometria, utilizando a análise de desenvolvimento temática, mapas da ciência e diagrama de Sankey produzidos a partir de dados recuperados de uma importante base de dados. Como decorrência deste estudo, atenta-se para a interdisciplinaridade dos campos relacionados à construção do conhecimento sobre games na educação, sendo os serious games e o design de jogos os campos que mais corroboram a construção do conhecimento acerca dos jogos na educação, existindo uma forte crítica à gamificação entre os principais autores do campo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Brincar cooperativo: vivências lúdicas de jogos não competitivos. Petrópolis: Vozes, 2010.

ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Jogos cooperativos: aprendizagens, métodos e práticas. Várzea Paulista: Fontoura, 2011.

ANTUNES, Jeferson. Ciência dos jogos e a educação: o que entendemos por jogos? In: ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de et al. (org.). Cultura lúdica híbrida: práticas inovadoras. Fortaleza: Nexus, 2020. p. 43-64.

ANTUNES, Jeferson; NASCIMENTO, Verônica Salgueiro do; QUEIROZ, Zuleide Fernandes de. Ciência dos jogos aplicada a educação: um estudo do processo criativo de confecção do jogo analógico Umuechem. Revista da Faeeba, Salvador, v. 29, n. 59, p. 377-402, 2020.

ARAÚJO, Carlos Alberto. Bibliometria: evolução histórica e questões atuais. Em Questão, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 11-32, 2006.

ARIA, Massimo; CUCCURULLO, Corrado. Bibliometrix: an R-tool for comprehensive science mapping analysis. Journal of Informetrics, Amsterdam, v. 11, n. 4, p. 959-975, 2017.

ATTALI, Yigal; ARIELI-ATTALI, Meirav. Gamification in assessment: do points affect test performance? Computers & Education, Amsterdam, v. 83, n. 4, p. 57-63, 2015.

BJÖRK, Staffan. Games, gamers, and gaming: understanding game research. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON ENTERTAINMENT AND MEDIA IN THE UBIQUITOUS ERA, 12., 2008, Tampere. Proccedings […]. New York: ACM, 2008. p. 64-68.

BOAVENTURA NETTO, Paulo Oswaldo. Grafos: teoria, modelos, algoritmos. São Paulo: Blucher, 2003.

CAPES. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Portal de periódicos. Brasília, DF: Capes, [2018]. Disponível em: https://www.periodicos.capes.gov.br/?option=com_pcollection&mn=70&smn=79&cid=81 Acesso em: 22 set. 2018.

» https://www.periodicos.capes.gov.br/?option=com_pcollection&mn=70&smn=79&cid=81

CLARK, Douglas et al. Rethinking science learning through digital games and simulations: genres, examples, and evidence. In: NATIONAL ACADEMIES BOARD ON SCIENCE EDUCATION WORKSHOP ON LEARNING SCIENCE, 2009, Washington. Proccedings […]. Washington, DC: National Academies Press, 2009. p. 25-26.

CONNOLLY, Thomas M. et al. A systematic literature review of empirical evidence on computer games and serious games. Computers & Education, Amsterdam, v. 59, n. 2, p. 661-686, 2012.

CORTI, Kevin. Games-based learning: a serious business application. Coventry: PIXELearning, 2006. Disponível em: https://www.cs.auckland.ac.nz/courses/compsci777s2c/lectures/Ian/seriousgames businessapplications.pdf Acesso em: 3 out. 2019.

» https://www.cs.auckland.ac.nz/courses/compsci777s2c/lectures/Ian/seriousgames businessapplications.pdf

COSTA, Leandro Demenciano. O que os jogos de entretenimento têm que os educativos não têm: 7 princípios para projetar jogos. Rio de Janeiro: 2AB, 2010.

CSIKSZENTMIHALYI, Mihaly. Flow: the psychology of optimal experience. Journal of Leisure Research, Ashburn, v. 24, n. 1, p. 93-94, 1990.

DE-MARCOS, Luis; GARCIA-LOPEZ, Eva; GARCIA-CABOT, Antonio. On the effectiveness of game-like and social approaches in learning: comparing educational gaming, gamification & social networking. Computers & Education, Amsterdam, v. 95, n. 4, p. 99-113, 2016.

DE-MARCOS, Luis et al. An empirical study comparing gamification and social networking on e-learning. Computers & Education, Amsterdam, v. 75, n. 6, p. 82-91, 2014.

DOMÍNGUEZ, Adrián et al. Gamifying learning experiences: practical implications and outcomes. Computers & Education, Amsterdam, v. 63, n. 3, p. 380-392, 2013.

FALAGAS, Matthew E. et al. Comparison of PubMed, Scopus, Web of Science, and Google Scholar: strengths and weaknesses. The Faseb Journal, Hoboken, v. 22, n. 2, p. 338-342, 2008.

FILSECKER, Michael; HICKEY, Daniel Thomas. A multilevel analysis of the effects of external rewards on elementary students’ motivation, engagement and learning in an educational game. Computers & Education, Amsterdam, v. 75, n. 6, p. 136-148, 2014.

FLORIANI, Dimas. Marcos conceituais para o desenvolvimento da interdisciplinaridade. In: PHILIPPI JUNIOR, Arlindo et al. (ed.). Interdisciplinaridade em ciências ambientais. São Paulo: Signus, 2000. p. 95-108.

FONTANELLA, Bruno Jose Barcellos et al. Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 27, n. 2, p. 389-394, 2011.

FREDRICKS, Jennifer A.; BLUMENFELD, Phyllis C.; PARIS, Alisson H. School engagement: potential of the concept, state of the evidence. Review of Educational Research, Thousand Oaks, v. 74, n. 1, p. 59-109, 2004.

GARRIS, Rosemary; AHLERS, Robert; DRISKELL, James E. Games, motivation, and learning: a research and practice model. Simulation & Gaming, Thousand Oaks, v. 33, n. 4, p. 441-467, 2002.

GATTI, Bernadette A. Habilidades cognitivas e competências sociais. Santiago de Chile: Unesco Regional Office for Education in Latin America and the Caribbean, 1997.

GEE, James Paul. What video games have to teach us about learning and literacy? New York: Palgrave Macmillan, 2003.

GEE, James Paul. What video games have to teach us about learning and literacy? 2. ed. New York: Palgrave Macmillan, 2007.

HANUS, Michael D.; FOX, Jesse. Assessing the effects of gamification in the classroom: a longitudinal study on intrinsic motivation, social comparison, satisfaction, effort, and academic performance. Computers & Education, Amsterdam, v. 80, n. 1, p. 152-161, 2015.

IBÁÑEZ, Maria-Blanca; DI-SERIO, Ángela; DELGADO-KLOOS, Carlos. Gamification for engaging computer science students in learning activities: a case study. IEEE Transactions on Learning Technologies, New York, v. 7, n. 3, p. 291-301, 2014.

JOURNAL of the Royal Anthropological Institute of Great Britain and Ireland. London: RAI, v. 16, 1887.

KIILI, Kristian. Digital game-based learning: towards an experiential gaming model. Internet and Higher Education, Amsterdam, v. 8, n. 1, p. 13-24, 2005.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. In: KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2010. p. 105-128.

LEMIEUX, Vicent; OUIMET, Mathieu. Análise estrutural das redes sociais. 2. ed. Lisboa: Instituto Piaget, 2012.

LI, Ming-Chaun; TSAI, Chin-Chung. Game-Based learning in science education: a review of relevant research. Journal of Science Education and Technology, New York, v. 22, n. 6, p. 877-898, 2013.

LIANG, Shuang; LI, Honghan; YANG, Xiaojun. The video game from the perspective of positive psychology. Open Journal of Social Sciences, Irvine, v. 2, n. 8, p. 57-60, 2014.

LIU, Tsung-Yu; CHU, Yu-Ling. Using ubiquitous games in an English listening and speaking course: impact on learning outcomes and motivation. Computers & Education, Amsterdam, v. 55, n. 2, p. 630-643, 2010.

MATHEUS, Renato Fabiano; SILVA, Antonio Braz de Oliveira e . Análise de redes sociais como método para a ciência da informação. DataGramaZero, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 1-21, 2006.

MCGONIGAL, Jane. A realidade em jogo: por que os games nos tornam melhores e como eles podem mudar o mundo. Rio de Janeiro: Bestseller, 2012.

MELONI; Jéssica S.; SPIGEL, Carolina Nascimento; GOMES, Suzete Araujo Oliveira. “Biotec em jogo”: o lúdico no ensino de biotecnologia. In: ENCONTRO NACIONAL DE JOGOS E ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA, 3., 2018, Foz do Iguaçu. Anais […]. São Paulo: Even3, 2018. p. 2.

NEWTON, Rhonda; PEDERSEN, Susan. Game-Based learning and problem-solving skills: a systematic review of the literature. In: EDMEDIA + INNOVATE LEARNING, 2019, Amsterdam. Proceedings […]. Waynesville, 2019. p. 1109-1119.

NORTH DAKOTA TEACHER. Bismarck: North Dakota Education Association, v. 23-25, 1943.

OLIVEIRA, Fabiano Naspolini de. Por que jogos educativos são chatos? Fábrica de Jogos, [S. l.], 6 abr. 2016. Disponível em: https://www.fabricadejogos.net/posts/artigo-por-que-jogos-educativos-sao-chatos/ Acesso em: 26 jan. 2021.

» https://www.fabricadejogos.net/posts/artigo-por-que-jogos-educativos-sao-chatos/

PAPASTERGIOU, Marina. Digital game-based learning in high school computer science education: impact on educational effectiveness and student motivation. Computers & Education, Amsterdam, v. 52, n. 1, p. 1-12, 2009.

PARK, Juneyoung et al. Learning to be better at the game: performance vs. completion contingent reward for game-based learning. Computers & Education, Amsterdam, v. 139, n. 12, p. 1-15, 2019.

PRENSKY, Marc. Digital game-based learning. St. Paul: Paragon House, 2001.

PROGRESS of education in India: quinquennial review. London: H.M. Stationery Office, 1947.

QIAN, Meihua; CLARK, Karen R. Game-based learning and 21st century skills: a review of recent research. Computers in Human Behavior, Amsterdam, v. 63, n. 8, p. 50-58, 2016.

RAFOLS, Ismael; PORTER, Alan L.; LEYDESDORFF, Loet. Science overlay maps: a new tool for research policy and library management. Journal of the American Society for Information Science and Technology, Hoboken, v. 61, n. 9, p. 1871-1887, 2010.

RAMOS, Daniela Karine et al. O uso de jogos cognitivos no contexto escolar: contribuições às funções executivas. Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 21, n. 2, p. 265-275, 2017.

REPORT of the Commissioner of Education for Puerto Rico. Puerto Rico: Department of Education, 1941.

SAKUDA, Luiz Ojima; FORTIM, Ivelise (org.). II censo da indústria brasileira de jogos digitais. Brasília, DF: Ministério da Cultura, 2018.

SU, Chungho; CHENG, Chinghsue.. A mobile gamification learning system for improving the learning motivation and achievements. Journal of Computer Assisted Learning, Hoboken, v. 31, n. 3, p. 268-286, 2015.

THE CHURCH SCHOOL JOURNAL. London: Methodist Publishing House, v. 19, 1887.

TÜZÜN, Hakan et al. The effects of computer games on primary school students’ achievement and motivation in geography learning. Computers & Education, Amsterdam, v. 52, n. 1, p. 68-77, 2009.

VAN ECK, Richard. Digital game-based learning: it’s not just the digital natives who are restless. Educause Review, Boulder, v. 41, n. 2, p. 16-30, 2006.

WANG, Feng; HANNAFIN, Michael J. Design-based research and technology- enhanced learning environments. Educational Technology Research and Development, Washington, DC, v. 53, n. 4, p. 5-23, 2005.

WARMAN, Peter. Global games market report 2018. Amsterdam: Newzoo, 2018.

WOUTERS, Pieter; VAN OOSTENDORP, Herre. A meta-analytic review of the role of instructional support in game-based learning. Computers & Education, Amsterdam, v. 60, n. 1, p. 412-425, 2013.

YOUNG, Michael F. et al. Our princess is in another castle: a review of trends in serious gaming for education. Review of Educational Research, Thousand Oaks, v. 82, n. 1, p. 61-89, 2012.

Downloads

Publicado

2022-06-10

Como Citar

Análise do desenvolvimento temático dos estudos sobre games na educação. (2022). Educação E Pesquisa, 48(contínuo), e240020. https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/198969