Determinação racional da vontade humana e educação natural em Rousseau
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000100009Palavras-chave:
Razão, Consciência, Vontade, Educação naturalResumo
O presente artigo procura mostrar, por meio de um trabalho analítico-reconstrutivo, que na base do 'argumento secular' de Rousseau sobre a origem da maldade humana, desenvolvido no livro IV de Émile, está uma teoria da determinação racional da vontade que oscila entre os conceitos de consciência e razão. Pela expressão 'argumento secular', entende-se o fato de Rousseau ver a origem do mal não mais em uma força estranha nem mais no indivíduo isolado, mas sim na própria sociedade. O artigo pretende esclarecer também que, apesar dessa oscilação, tal teoria torna-se decisiva ao esboço de um projeto de educação natural oferecido pelo autor ao seu aluno imaginário no Émile. Uma vez que seu caráter é constituído pela trama de relações sociais, não há outra alternativa a Emílio senão a de buscar educar-se no convívio social, mesmo correndo o risco permanente de ser corrompido pela sociedade. Como o esboço da teoria da determinação racional da vontade humana está em estreita conexão com o esboço das teorias social e antropológica também oferecido por Rousseau no Émile, ele também deve arrolar argumentos para o confronto, por meio de um trabalho educativo da tendência egoísta do amour-propre, com o processo de estranhamento oriundo da sociabilidade humana, visando a recuperação do sentimento do amour de soi-même no convívio social.Downloads
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Publicado
2007-04-01
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
Determinação racional da vontade humana e educação natural em Rousseau . (2007). Educação E Pesquisa, 33(1), 135-150. https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000100009