Entre Gritos bárbaros e jornais: a vida poética de Moacyr de Almeida

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v24i1p9-28

Palavras-chave:

Ecdótica, New Philology, Moacyr de Almeida, Humanidades digitais, Poesia Brasileira 1920

Resumo

Moacyr de Almeida (1902-1925), muito jovem, entre 1916 e 1925, se torna poeta renomado, presença constante na imprensa carioca, onde também trabalhou, por meio de notícias de eventos e recitais, ou por meio de poesias impressas. Morre em 01 de maio de 1925, aos 23 anos de idade, e, com ajuda de amigos, seu irmão Pádua de Almeida, também jornalista e poeta, publica em setembro do mesmo ano o livro que o poeta morto deixara organizado, Gritos Bárbaros. A edição em livro é póstuma; em vida do autor, apenas poemas impressos em jornais. O cotejo entre a impressão póstuma e as em vida ressalta, por vezes, a existência de diferenças significativas. Tem-se, então, um problema de ecdótica a analisar: privilegia-se a edição dos poemas em livro, sob confiança cega da autoridade do irmão? Ou privilegia-se a edição desses poemas tal como publicados com o poeta em vida? E, ainda, as publicações nos periódicos são um caso de eliminatio, tal como as três edições da obra do poeta, sem preocupação crítica efetiva, trataram? Este trabalho enceta uma abordagem com fins de anunciar o início de uma edição crítica da obra do poeta carioca.

 

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Biografia do Autor

  • Mario Cesar Newman de Queiroz, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

    Doutor em Ciência da Literatura UFRJ. Prof associado na UFRRJ, área Literatura Brasileira.

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Publicado

2022-03-15

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Entre Gritos bárbaros e jornais: a vida poética de Moacyr de Almeida. (2022). Filologia E Linguística Portuguesa, 24(1), 9-28. https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v24i1p9-28