Geografia do turismo a crise ecológica como crítica objetiva do trabalho o turismo como "ilusão necessária"

Autores

  • Anselmo Alfredo Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2001.123513

Palavras-chave:

Turismo, relação sociedade x natureza, ilusão necessária

Resumo

Buscamos desenvolver neste artigo uma perspectiva metodológica de análise sobre o turismo de modo a nos contrapormos às expectativas de um pensamento "promotor" que antes de compreender as determina­ ções do real quer resolver aquilo que encara como problema. Dentro de nossa expectativa, portanto, tornouse possível levar em consideração o turismo como fenômeno que revela uma moderna e contemporânea relação socie dade X natureza, onde esta última de pressuposto do processo social passa à condição de produto, realizando-se, portanto, como fetiche, o que inclui o m ascaram ento das contradições pertinentes a esta m esm a relação. Do nosso ponto de vista, o turismo atua no tempo livre de modo a torná-lo produtivo, fetichizando a natureza e o natural de modo a comportar-se como uma ilusão necessária para a continuidade de tal contradição. Daí a nossa perspectiva contrária à outra ligada às estratégias promotoras do turismo como um negócio. Para fazermos o nosso percurso de método levamos em consideração determinações tanto lógicas como históricas, de modo que as mesmas compõem a divisão deste artigo

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Biografia do Autor

  • Anselmo Alfredo, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Mestre e Doutorando em Geografia Humana no DG FFLCH/USP e Prof. Assistente do Curso de Turismo da ECA USP

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Publicado

2001-12-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Geografia do turismo a crise ecológica como crítica objetiva do trabalho o turismo como "ilusão necessária". GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 5, n. 1, p. 37–62, 2001. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2001.123513. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/123513.. Acesso em: 28 mar. 2024.