Formas alienadas da produção: destruição criativa e produção destrutiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.138601

Palavras-chave:

Produção destrutiva, Destruição criativa, Ajuste Espacial, Acumulação por espoliação, Taxa de utilização decrescente do valor de uso

Resumo

Entre os problemas da produção e do consumo contemporâneos está a tendência à obsolescência dos valores de uso das mercadorias o que implica, por um lado, na criação de condições que generalizam a capacidade de geração de valor e, por outro, na ampliação de seu potencial destrutivo. A lei econômica imposta pelo amadurecimento do capital exige a sobreposição do valor de troca ao efeito útil das mercadorias forçando sua reposição constante no mercado e reproduzindo elementos da unidade e do antagonismo entre valor de uso e valor de troca. Esta tendência evidencia os fundamentos da produção destrutiva e da destruição criativa tratados de modos distintos para explicar as contradições que perfilam a sociedade regida pelo capital, respectivamente, por István Mészáros e David Harvey.

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Biografia do Autor

  • Felipe Saluti Cardoso, Centro Universitário Fundação Santo André

    Bacharel e Licenciado em Geografia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL) do Centro Universitáiro Fundação Santo André (CUFSA) e mestre em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente é professor do curso de Ciências Sociais e Geografia no Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA) e doutorando no curso de Geografia Humana pela USP.

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Publicado

2018-12-12

Como Citar

CARDOSO, Felipe Saluti. Formas alienadas da produção: destruição criativa e produção destrutiva. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 22, n. 3, p. 572–590, 2018. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2018.138601. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/138601.. Acesso em: 14 dez. 2024.