Trajetória e a participação dos complexos convectivos de mesoescala nas chuvas de outubro: estudo de caso

Autores

  • Victor da Assunção Borsato Universidade Estadual do Paraná. Campus de Campo Mourão http://orcid.org/0000-0003-3362-6432
  • Nair Gloria Massoquim Universidade Estadual do Paraná. Campus de Campo Mourão.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.147975

Palavras-chave:

chuvas frontais, sistemas atmosféricos, transição climática.

Resumo

A cidade de Campo Mourão PR, localizada nas proximidades do trópico de Capricórnio, é influenciada pela alternância de massas de ares de baixa e de alta pressão atmosférica. Os contrastes na pressão e nos sistemas atmosféricos são mais evidentes na primavera, estação que compreende os meses de transição do inverno para o verão, como é o caso do mês de outubro. Esse mês marca a volta de episódios de chuvas convectivas, características do verão, embora ainda prevaleça a atuação dos sistemas frontais. O mês de outubro também é marcado por episódios tempestuosos devido à alternância da participação das massas de ares de baixa e de alta pressão, das Frontogêneses, das manifestações dos Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) e das Correntes de Jatos de Baixo Nível (JBN). Para essa região, a pluviosidade interanual é irregular, porém, em outubro de 2017 registraram-se 396,6mm, em Campo Mourão. Para investigar a gêneses desse elevado volume, estudou-se a participação das massas de ares, dos sistemas frontais, dos CCM e também a participação da Correntes de Jatos de Baixo Nível. Verificou-se que as chuvas, consequências da atuação dos CCM, foram próximas a 30%, e as interações entre a umidade trazida pelo JBN, a evolução das ciclogêneses, a expansão e atuação da massa Tropical continental dinamizam os temporais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Victor da Assunção Borsato, Universidade Estadual do Paraná. Campus de Campo Mourão

    Geógrafo, Mestre em geografia Regional e mbiental (UEM) Doutor em Ciências Ambientais (UEM - Nupelia) Professore de Geografia Física - Climatologia Geográfica, Biogeografia, pedologia. desde 1990.

  • Nair Gloria Massoquim, Universidade Estadual do Paraná. Campus de Campo Mourão.

    Professora Adjunda de Climatologia e Paisagem.

Referências

ARAUJO, M. M.; CHAMI, L.; LONGHI. S. J.; AVILA, A. L.; BRENA, D. A. 2010. Análise de agrupamento em remanescente de Floresta Ombrófila Mista. Ciência Florestal 20:1-18 Disponível em <https://www.researchgate.net/publication/283459400_Floresta_Ombrofila_Mista_aspectos_fitogeograficos_ecologicos_e_metodos_de_estudo> acessado em 21 de novembro 2017.

BERLATO, M. A.; FONTANA, D. C.; El Niño e La Niña: Impactos no clima, na vegetação e na Agricultura do Rio Grande do Sul; aplicações e previsões climáticas na agricultura. Porto Alegre; Ed Alegre; Ed. Da UFRGS, 2003. 110p.

BISCARO, G. A.; Meteorologia Agrícola Básica, 1º edição, UNIGRAF - Gráfica e Editora União Ltda. Cassilândia - Mato Grosso do Sul, 2007, 87p.

BORSATO, V. A. e HEIRA, M. D.; Onda de calor em outubro de 2014 e os sistemas atmosféricos - Revista Equador (UFPI), Vol. 4, Nº 3, (2015). Edição Especial XVI Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada. Teresina- Piauí. Home:<http://www.ojs.ufpi.br/index.php/equador> consultado em 23/02/2016.

BORSATO, V. A. e MENDONÇA, F A.; Participação da massa Polar atlântica na dinâmica dos sistemas atmosféricos no Centro Sul do Brasil. Mercator, Fortaleza, v. 14, n. 1, p. 113-130, jan./abr. 2015. Consultado em 02/03/2016.

BORSATO, V. A. e MENDONÇA, F A.; Time participation of the continental tropical mass in the west part of Brazil’s south center, Acta Scientiarum v. 36, n. 3 (2014) disponível em http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/index/search/search. Consultado em 02/03/2016.

BORSATO, V. A.; A participação dos sistemas atmosféricos atuantes na bacia do Auto Rio Paraná no período de 1980 a 2003. 2006. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) – Nupélia, UEM: Maringá.

CASTELLA, P. R.; BRITEZ, R. M.; A floresta com araucária no Paraná. Ministério do Meio Ambiente – MMA, Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná, Brasília, Brasil, 2004 233 pp.

DURKEE, J.; MOTE, T.; SHEPHERD, J.; The contribution of mesoscale convective complexes to rainfall across subtropical South America. Journal of Climate, v. 22, n. 17, p. 4590-4605, 2009.

FERREIRA, C.C.; Ciclogêneses e ciclones extratropicais na Região Sul-Sudeste do Brasil e suas influências no tempo, INPE-4812-TDL/359, 1989. 93 p.

FIGUEIREDO, J. C. e SCOLAR, J.; Estudo da trajetória dos sistemas convectivos de mesoescala na América do Sul. Preprints 7th Congresso Argentino de Meteorologia and 3rd Congresso Latino Americano e Ibérico de Meteorologia, Buenos Aires, 1996 - 165-166.

GAZETA DO POVO; Curitiba, 01 out.- 31 out. 2017. http://www.gazetadopovo.com.br/> Consultado em 05 de janeiro de 2018.

GLANDZ, M. H.; Currents of Cherge: Impactos of El Niño anda La Niña on climate na society. Second Edition Cambridge, University Press, 2001. 252p.

GRIMM A. M.; GUETTER, A. K.; CARAMORI, P. H.; El Niño no Paraná: o que pode esperar em cada região - uma análise científica. Informativo. Curitiba, n.1, 1997.

HUECK, K.; As florestas da América do Sul. São Paulo: Polígono, 1972. 466p.

IAPAR. Instituto Agronômico do Paraná; Cartas climáticas básicas do Estado do Paraná. Londrina, 1978.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro, 1992.

LIBERALI, L.; Estudo Fitossociológico da Vegetação do Cerrado de Campo Mourão. 2003. Dissertação (Mestrado em Geografia)-Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2003; disponível em:<https://www.researchgate.net/publication/277825369_Distribuicao_e_recuperacao_da_vegetacao_do_cerrado_e_remanescentes_na_cidade_de_Campo_Mourao_Parana_Brasil-_doi_104025bolgeogrv29i110384>. Consultado em 21 de novembro de 2017.

MALDONADO, P.; Atlas del Gran Chaco americano; ilustrado por Martin Naumann - 2ª. Edición – Marzo 2006. – Buenos Aires: Agencia Alemana de Cooperacion Tecnica, 2006 96 p.

MARENGO J. A; SOARES WR.; Episódios de Jatos de Baixos Níveis ao Leste dos Andes durante 13-19 de abril de 1999. Revista Brasileira de Meteorologia, 17(1): 35-52 2002.

MARENGO, J. A.; Interdecadal variability and trends of rainfall across the Amazon basin. Theor. Appl. Climatol. 2004 78, 1-3, 79–96, doi: 10.1007/s00704-004-0045-8.

MASSOQUIM, N. G.; Clima e Paisagem na Mesorregião Centro Ocidental Paranaense. 2010. 298 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo - USP. São Paulo. 2010.

MATTOS, L. F.; Frontogênese na América do Sul e precursores de friagem no Estado de São Paulo. Tese de Doutorado. INPE São José dos Campos. 25p. 2003.

PÉDELABORDE, P.; Introduction à l’étude scientfique du climat. Paris: Sedes, 1970. 352 p.

PHILANDER, S.G.; El Niño, La Nina, and the Souther Oscilação. New York, Academic Press, 1990. P. 293.

RODERJAN, C. V.; GALVÃO, F.; KUNIYOSHI, Y. S.; HATSCHBACH, G.; As unidades fitogeográficas do Estado do Paraná. Ciência & Ambiente. Santa Maria, v.24, n.1, p.75-95, jan/jun2002.

SANTOS, J. G. M.; CAMPOS, C. R. J. e LIMA K. C.; Análise de jatos de baixos níveis associados a um sistema convectivo de mesoescala na América do Sul: um estudo de caso. Revista Brasileira de Geofísica. Sociedade Brasileira de Geofísica,(2008) 26(4): 451-468 2008.

SILVA DIAS, M. A. F.; Complexos Convectivos de Mesoescala sobre a Região Sul do Brasil. Climanálise Especial. 1: 173-179. 1996.

VAREJÃO-SILVA M. A.; Meteorologia e Climatologia. Instituto Nacional de Meteorologia Brasília, DF, 2000 p 515.

Downloads

Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Trajetória e a participação dos complexos convectivos de mesoescala nas chuvas de outubro: estudo de caso. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 23, n. 3, p. 682–696, 2019. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.147975. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/147975.. Acesso em: 19 mar. 2024.