Uma cidade e três centros: o caso de Marabá (PA)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.161465Palavras-chave:
Marabá, Centro, Centralidade, Espaço, IntraurbanoResumo
Este artigo analisa, por meio da funcionalidade dos equipamentos urbanos e do uso do solo, o que confere a condição de três áreas centrais na cidade de Marabá-PA – a Marabá Pioneira, a Nova Marabá e a Cidade Nova. A abordagem metodológica vale-se dos conceitos de centro e centralidade urbana. Ainda que possam gerar ambi- guidades ou mesmo sugerir equivalência, esses dois elementos conceituais estrutu- radores da cidade não podem ser confundidos, pois a condição matricial do centro é a localização, enquanto a centralidade é condicionada pela variação. O centro é sustentado pela centralidade, que é fugaz e móvel; pode abrigar-se em outra área que melhor o atenda, sobretudo num momento de globalização planetária, produ- zindo outra área central. Nesse caso, a égide do movimento é o fator econômico, seja de caráter moderno ou tradicional. Quanto à metodologia operacional, fizeram- -se registros fotográficos e entrevistas semiestruturadas com 90 indivíduos em cada centro, e os resultados apontaram justamente três centros consolidados.
Downloads
Referências
BECKER, B. Amazônia. São Paulo: Ática, 1990.
BEAUJEU-GANIER, J. & CHABOT, G. O tratado de Geografia Urbana. Barcelona: Editorial Vicens Vives, 1970.
CAMAGNI, R. Economia urbana. Barcelona: Antônio Bosch S/A. 2005.
CARLOS, A. F. A. Espaço-tempo na metrópole: a fragmentação da vida cotidiana. São Paulo: Contexto, 2001.
CORRÊA, R. L. O espaço urbano. São Paulo: Editora Ática, 1989.
COSTA, E. B. da. Intervenções em centros urbanos no período da globalização. Revista Cidades. (Presidente Prudente- SP), v 9. n 16. p. 86-117, 2011.
GOTTDIENER, M. A Produção Social do Espaço Urbano. 2 ed. São Paulo: Edusp, 2010.
HARVEY, D. Justiça social e a cidade. 2 ed. São Paulo: Annablume, 1973. (Tradução Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela Gonçalves).
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010.
LEFEBVRE, H. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo: Ática. 1991. (Tradução Alcides João de Barros).
LEFEBVRE, H. A revolução urbana. Belo Horizonte: Editora UFMG. 1999. (Tradução Sergio Martins).
LEFEBVRE, H. La producción del espacio. Madri: Capitán Swing. 2013.
MARAFON, G. J. O Espaço Urbano: A abordagem da Escola de Chicago e da Escola Marxista. Ciência e Natura, Santa Maria, 18: 149 -181, 1996.
SALGUEIRO, T. B. Do centro às centralidades múltiplas. In: FERNANDES, J. A. V. R.; SPÓSITO, M. E. B. A nova vida do velho centro nas cidades portuguesas e brasileiras. Faculdade de Letras da Universidade do Porto / CEGOT. 2012.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo: razão e emoção. 2 ed. São Paulo: Edusp, 2008.
SANTOS, M. O Centro da cidade do Salvador: Estudo de Geografia Urbana. 2 ed. São Paulo: Edusp, 2012.
SMITH, N. Desenvolvimento Desigual. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S.A. 1988.
SILVA, M. E. C. Paisagem e lugar na Amazônia produzidos pela globalização: uma análise a partir das empresas de fast food nos bairros de Nazaré e Umarizal, Belém-PA. 137 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011.
SOUZA, M. L. Os Conceitos Fundamentais da Pesquisa Socioespacial. Rio de Janeiro: Bertrand. 2013.
SOUZA, M. L. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
SPÓSITO, M. E. B. A Gestão do Território e as diferentes escalas da centralidade urbana. II Encontro Nacional da ANPEGE. Rio de Janeiro, 1997.
SPÓSITO, M. E. B. Segregação socioespacial e Centralidade urbana. et al: VASCONCELOS, P. A. A Cidade Contemporânea: Segregação espacial. São Paulo: Contexto, 2013.
SPÓSITO, M. E. B. Configurações espaciais urbanas. In: SPOSITO, E. S. Glossário de Geografia Humana e Econômica. São Paulo: Editora Unesp, 2017.
TEODÓSIO, A. dos S. de S. “Escola de Chicago: heranças para o pensamento social contemporâneo sobre as cidades”. XI Congresso Brasileiro de Sociologia 1 a 5 de setembro de 2003, UNICAMP, Campinas, SP.
TOURINHO, H. L. Z. Estrutura Urbana de Cidades Médias Amazônicas: Análise considerando a articulação das escalas interurbana e intraurbana. 2011. 576 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Urbano) – Universidade Federal de Pernambuco.
VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. 2 ed. São Paulo: FAPESP, 2001.
WHITACKER, A. M. Centralidade intraurbana e morfologia em cidades médias: transformações e permanências. In. XI Seminário Internacional RU (Red Iberoamericana de Investigadores sobre Globalización y Território) & IV Taller Rier (Red Iberoamericana de Editores de revistas). Mendonza, Argentina. 2010.
WHITACKER, A. M. O estudo das formas da cidade no âmbito da Geografia Urbana. Apontamentos metodológicos. et al: MIYAZAKI, V. (2012). Revista de Geografia e Ordenamento do Território, n.º 2 (Dezembro). Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território. Pág. 307 a 327.
WHITACKER, A. M. O centro Principal nas Cidades Policêntricas: uma discussão conceitual a partir da análise de Presidente Prudente-SP. In: FERREIRA, H. M. Anais XI Encontro Nacional de Pós-Graduação em Geografia (ENANPEGE), 2015.
WHITACKER, A. Centro da cidade: consolidação e expansão. In: MAIA, D. S.; SILVA, W. R.; WHITACKER, A. M. (orgs.). Centro e centralidade em cidades médias. São Paulo: Unesp –Cultura Acadêmica, p. 179-198. 2017.
YOSCHIOKA, H. Avaliação de implantação de um núcleo urbano em área na Amazônia: o exemplo de Nova Marabá, Pará. 1986. 275 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 1986.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Mauro Emilio Costa Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).