O QUE É CRÍTICA. OU: QUAL É A CRÍTICA DA GEOGRAFIA CRÍTICA?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2009.74126Palavras-chave:
Crítica, Autonomia, Geografia crítica, Pós-modernidade.Resumo
Este texto procura problematizar o que é crítica. Para isso realiza um breve histórico do vocábulo desde a Grécia antiga, onde surgiu, até Kant, pensador que redefiniu essa atitude. De fato, a partir de Kant – inclusive em autores como Hegel, Marx, Adorno, Habermas e outros – crítica passou a ser vista como superação com subsunção e como engajamento num projeto de autonomia. Além disso, este ensaio procura verificar como o termo crítica tem sido entendido na geografia crítica, mostrando que esta é uma questão e um importante debate em andamento nos dias de hoje.
Downloads
Referências
BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. A aventura da modernidade. São Paulo, Companhia das Letras, 1987.
BLOMLEY, Nicholas. Uncritical critical Geography? In: Progress in Human Geography. Vol.30, n.1, 2006, pp.87-94.
BOBBIO, N. Esquerda e Direita. São Paulo, Editora Unesp, 1995.
CARROLL , Robert. The Skeptic’s Dictionary, disponível in http://www.skepdic.com/, consultado em julho de 2007.
CASTORIADIS, C. – A instituição imaginária da sociedade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1982.
DEMO, Pedro. Mitologias da avaliação. São Paulo, Cortez, 2002.
FAUSTO, Ruy. A esquerda difícil. São Paulo, Perspectiva, 2007.
FOUCAULT, M. Qu’est-ce que la critique? Critique et Aufklärung. In : Bulletin de la Société Française de Philosophie, Vol. 82, nº 2, avr/juin 1990, pp. 35-63.
FREUD, S. Moisés e o monoteísmo. São Paulo, Imago, 1997.
GIDDENS, A. Para além da Esquerda e da Direita. São Paulo, Unesp, 1995.
HARVEY, D. Spaces of Capital. Towards a Critical Geography. New York, Routledge, 2001.
LACOSTE, Y. A Geografia – isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas, Papirus, 1988.
LEGRAND, Gerard. Dicionário de Filosofia. Lisboa, Edições 70, 1986.
LEFORT, Claude. As formas da História. São Paulo, Brasiliense, 1979.
LEFORT, Claude. A invenção democrática. São Paulo, Brasiliense, 1983.
NOVE, Alec. A economia do socialismo possível. São Paulo, Ática, 1989.
POPPER, Karl. O racionalismo crítico na política. Brasília, Editora da UNB, 1994.
QUAINI, M. Marxismo e Geografia. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979.
SEN, Amartya. Desigualdade reexaminada. Rio de Janeiro, Record, 2001.
SIERRA, Pelayo Garcia. Diccionario Filosófico. Biblioteca Filosofía en Español, Oviedo, 1999.
SMITH, Neil. What is left? Neo-critical Geography, or the flat pluralist world of business class. In: Antipode. A Radical Journal of Geography. Vol.37, Issue 5, november 2005, pp.887-889.
THRIFT, Nigel e AMIN, Ash. What is Left ? Just the Future. In : Antipode. A Radical Journal of Geography. Vol.37, Issue 5, November 2005, pp.220-238.
UNWIN, Tim. The place of Geography. London, Longman Group, 1992.
VESENTINI, J.W. Percalços da geografia crítica: entre a crise do marxismo e o mito do conhecimento científico. In: Anais do 4º. Congresso Brasileiro de Geógrafos. São Paulo, AGB, 1984, Livro 2, Vol.2, pp.423-32.
VESENTINI, J.W. Geografia e discurso crítico (da epistemologia à crítica do conhecimento). In: Revista do Departamento de Geografia 4. São Paulo, USP, 1985, pp.7-13.
WHEEN, F. Answer to the question: Left and right defined the 20th century. What’s next? in Prospect, march 2007, http://www.prospect-magazine.co.uk/article_details.php?id=8342, capturado em março de 2007.
WILLS, Jane. What’s left? The left, its crisis and rehabilitation. In: Antipode. A Radical Journal of Geography. Vol. 38, Issue 5, November 2006, pp.907-15.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2009 José William Vesentini

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).