Redes globais de produção: um caminho de análise para a geografia econômica
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2021.187413Mots-clés :
Redes globais de produção, Geografia econômica, Economia globalRésumé
Reconhecer a complexidade da economia global pressupõe um olhar abrangente ao modo como a ciência geográfica pode contribuir para explicar as relações econômicas, sociais e de poder que operam simultaneamente em múltiplas escalas. O objetivo do artigo é perscrutar o conceito de redes globais de produção (RGP) como um caminho de análise para a geografia econômica a partir dos estudos pioneiros da Escola de Geografia Econômica de Manchester. A organização das redes globais de produção estrutura-se na questão do valor e em sua trajetória, na caracterização dos atores e em sua diversidade, assim como na configuração de redes e territorialidades. O texto também procura entender a dinâmica de organização da economia global a partir de uma análise centrada na agência dos atores, particularmente as empresas líderes, suas estratégias e dinâmicas competitivas, com a finalidade máxima de alcançar o desenvolvimento regional e a superação das desigualdades.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
ANTAS JR, R. M. Território e regulação: espaço geográfico como fonte material e não-formal do direito. São Paulo: Humanitas/FAPESP, 2005.
AUTOR, 2018.
AUTOR, 2017
BARRIENTOS, Stephanie. Corporate purchasing practices in global production networks: a socially contested terrain. Geoforum, v.44, p.44-51,2013.
COE, N. M. Advanced introduction to global production networks, Edward Elgar: Cheltenham, 2021.
COE, N. M; YEUNG, Henry W.C. Global production networks: mapping recent conceptual developments, Journal of Economic Geography, v.19, n.4, p. 775-801, 2019.
COE, N. M; YEUNG, Henry W.C. Global production networks: theorizing economic development in an interconnected world. Oxford: Oxford University Press, 2015.
COE, N.M. Geographies of production II: A global production networks A-Z, Progress in Human Geography, 36(3), p. 389-402, 2012.
COE, N. M. and Jordhus-Lier, D. Constrained agency? Re-evaluating the geographies of labour. In: Progress in Human Geography, 35(2), p. 211-233, 2011.
COE, N. M. Global Production Networks. In: KITCHEN, Rob; THRIFT, Nigel (Orgs.). International Encyclopedia of Human Geography. London: Elsevier, Oxford, Vol.4, p. 556-562, 2009.
COE, N. M, Dicken, P. and Hess, M. Global Production Networks: realizing the potential. Journal of Economic Geography 8(3), p.271-295, 2008.
DICKEN, Peter. Mudança Global: mapeando as novas fronteiras da economia global. Bookman: Porto Alegre, 2010.
DICKEN, P. et al. Chains and networks, territories and scales: towards a relational framework for analysing the global economy. Global networks, v. 1, n.2, p. 89-112, 2001.
GEREFFI, Gary; HUMPHREY, John, KAPLINSKY, Raphael; STURGEON, Timothy J. Globalisation, value chain and development. IDS Bulletin, v. 32, n. 3, 200.
GEREFFI, Gary, KORZENIEWICZ, Miguel; KORZENIEWICZ, Roberto. P. Introduction. In: GEREFFI, Gary, KORZENIEWICZ, Miguel. (Org.). Commodity Chains and Global Capitalism, West Port CT: PRAEGUER,1994. p. 1-15.
HENDERSON, J; DICKEN, P.; HESS, M.; COE, N. M.; YEUNG, H. W-C. Global Production Networks and the analysis of economic development. Review of International Political Economy, 9: p. 436-464, 2002.
HEROD, Andrew. Labor geographies: workers and the landscapes of capitalism. New York: Guilford Press, 2001.
HUGHES, Alex. Supermarkets and the ethical trade/fair trade movement: making spaces for alternatives food authorities In. LAWRENCE, Geoffrey; BURCH, David. (Orgs.). Supermarkets and Agri-food Suply Chains: transformations in the production and consumption of foods. London: Edward Elgar, p.173-191, 2007.
JESSOP, Bob. The State: past, present, future. Cambridge: Polity, 2016.
JÓHANNESSON, G.T.; BÆRENHOLDT, J. O. Actor-network/network geographies. In: KITCHEN, Rob; THRIFT, Nigel (Orgs.). International Encyclopedia of Human Geography. London: Elsevier, Oxford, Vol. 4, 2009. p.15-19.
KAPLINSKY, R., MORRIS, M. A handbook for value chain research. Institute of Development Studies, University of Sussex, 2001. Disponível em: www.globalvaluechains.org/docs/VchNov01.pdf. Acesso: 13 Jul. 2011.
KNORRINGA, Peter; PEGLER, Lee J. Globalisation, firm upgrading and impacts on labour. Tijdschrift voor Economische en Sociale Geografie, Vol. 97, No. 5, p. 470–479, 2006.
MAZZUCATO, Mariana. O estado empreendedor: desmascarando o mito do setor público x setor privado. São Paulo: Portfolio-Penguin, 2014.
NEILSON, Lisa A. Boycott or buycott? Understanding political consumerism. Journal of Consumer Behaviour, v.9, p.214-227, 2010.
PECK. J, THEODORE, N. Variegated capitalism. Progress in Human Geography, v. 31, n.6, p.731-772, 2007.
PONTE, Stefano; GIBBON, Peter; VESTERGAARD, Jakob. Governing through standards: origins, drivers and limits. London: Palgrave Macmillan, 2011.
RAINNIE A., HEROD, A., MCGRATH-CHAMP, S. Review and positions: global production networks and labour. Competition & Change, v.15, n.2, p.155-169, 2011.
RAIKES, Philip; JENSEN, Michael Friis; PONTE, Stefano. Global Commodity chain analysis and the french filière approach: comparison and critique. Economy and Society, v. 29, n.3, p. 390-417, 2000.
SANTOS, R. S. P. Redes de Produção Globais (RPGs): contribuições conceituais para a pesquisa em ciências sociais. Revista Pós-Ciências Sociais, v. 8, p. 127-141, 2011.
SUNLEY, P. Relational economic geography: a partial understanding or a new paradigm? Economic Geography, v.84, n.1, p.1-26, 2008.
WILKINSON, J. Sociologia Econômica, a Teoria das Convenções e o Fortalecimento dos Mercados. Ensaios FEE, Porto Alegre, v. 23, n.2, p. 805-825, 2002.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Juscelino Eudâmidas Bezerra 2021
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).