Nós-em-obra, em-fluxo, em-incorporação.

Résumé

O objetivo desse artigo é abordar  processos de criação em artes cênicas a partir da análise de trechos do diário de montagem da peça Nós do Grupo Galpão (MG) e do diário de whatsApp da Prática Aisthesis (DF). Para tanto, proponho analisá-los e relacioná-los em uma perspectiva processual, dinâmica, móvel e que está para além do armazenamento de informações, mas inseridos na complexa relação e mobilidade entre obra e processo. A reflexão é, também, sobre a manutenção dos processos nas obras a partir da ideia de fluxos, gerúndios e corporalidades presentes nas trajetórias de criação. O diálogo teórico se fundamenta nas pesquisas de criação em rede alavancadas por Cecília Salles nas quais destaca as pluralidades de pontos de vista e o aspecto relacional nos processos de criação, assim como, nos estudos de Diana Taylor que questiona e fortalece as relações entre arquivo e repertório.