A teoria barberiana da comunicação
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v12i1p39-63Mots-clés :
Jesús Martín-Barbero, teoria barberiana da comunicação, método cartográfico, mapas das mediações, epistemologia da comunicação.Résumé
Dentro do marco dos 30 anos do livro De los medios a las mediaciones, pretendemos fazer uma espécie de mapa diurno da obra de Jesús Martín-Barbero. Propomo-nos a demonstrar que o pensamento comunicacional de Martín-Barbero não se conforma a uma teoria da recepção nem a uma teoria das mediações, mas constitui uma teoria da comunicação específica, caracterizada por uma epistemologia, metodologia e conceitos próprios, a que denominamos teoria barberiana da comunicação. Pretendemos demonstrá-la através de três eixos de análise: 1) a epistemologia da comunicação, com a metáfora do calafrio epistemológico que faz a ruptura no conhecimento comunicacional; 2) a cartografia como método para promover novos parâmetros de representação do conhecimento; 3) os mapas teórico-metodológicos que são o mapa noturno e quatro mapas das mediações.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
APPADURAI, A. Notas para uma geografia pós-nacional. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, n. 49, p. 33-46, nov. 1997.
ARELLANO, J.; SANTOYO, M. Investigar con mapas conceptuales. Madrid: Narcea, 2009.
BASTOS, M. T. Medium, media, mediação e midiatização: a perspectiva germâ-nica. In: JANOTTI JR., J.; MATTOS, M. A.; JACKS, N. (Orgs.). Mediação & midiatização. Salvador: Edufba; Brasília: Compós, 2012. p. 53-77.
BAUMAN, Z. Modernidade e ambivalência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
_______. Sociedade da incerteza. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1986.
BHABHA, H. K. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.
BRAGANÇA, M. Cartografias latino-americanas: fronteiras midiáticas de um continente em construção. In: ENCONTRO NACIONAL DA COMPÓS, 20., 2011, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Compós, 2011. Disponível em: <https://goo.gl/aJFtTN>. Acesso em: 20 jan. 2018.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1988.
_______. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. v. 1.
_______. Que és un dispositivo? In: BALIBAR, E. et al. (Orgs.). Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990. p. 155-163.
FERREIRA, F. T. Rizoma: um método para as redes? Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 28-40, mar. 2008. DOI: https://doi.org/10.18617/liinc.v4i1.251
FONSECA, T. M. G.; REGIS, V. M. Cartografia: estratégias de produção do conhecimento. Fractal, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 271-286, maio/ago. 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1984-02922012000200005
FONSECA, T. M. G.; KIRST, P.G. Cartografia e devires: a construção do presente. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2003.
HUERGO, J.; MORAWICKI, K. Memoria y promesa: conversaciones con Jesús Martín-Barbero. La Plata: Edulp, 2016.
LAVERDE TOSCANO, M.C.; ARANGUREN DÍAZ, F. Los mapas diurnos y nocturnos de Jesús Martín-Barbero (Entrevista). Nómadas, Bogotá, n. 7, 1997, p. 145-169.
LOPES, M. I. V. Reflexividade e relacionismo como questões epistemológicas na pesquisa empírica em Comunicação. In: BRAGA, J. L.; LOPES, M. I. V.; MARTINO, L. C. (Orgs.). Pesquisa empírica em comunicação.São Paulo: Paulus, 2010. p. 27-49.
_______. Mediação e recepção: algumas conexões teóricas e metodológicas nos estudos latino-americanos de comunicação. MATRIZes, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 65-80, 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v8i1p65-80
LOPES, M. I. V.; BORELLI, S. H. S.; RESENDE, V. R. Vivendo com a telenovela: mediações, recepção, teleficcionalidade. São Paulo: Summus, 2002.
MARTÍN-BARBERO, J. Retos a la investigación de comunicación en América Latina. Comunicación y Cultura, Cidade do México, n. 9, p. 99-113 1982.
_______. De los medios a las mediaciones: comunicación, cultura y hegemonía. Barcelona: Gustavo Gili, 1987a.
_______. Procesos de comunicación y matrices de cultura. Cidade do México: Gustavo Gili, 1987b.
_______. Pistas para entre-ver meios e mediações. Prefácio à 2ª edição. (Tradução de Maria Immacolata Vassallo de Lopes). In: _______. Dos meios às media-ções: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ, 2001.
_______. Ofício de cartógrafo: travessias latino-americanas da comunicação na cultura. São Paulo: Ed. Loyola, 2004.
_______. Autopercepción intelectual de un proceso histórico. Revista Anthropos, n. 219, 2008. _______. Uma aventura epistemológica: entrevista por Maria Immacolata Vassallo de Lopes. MATRIZes, São Paulo, v. 2, n. 2, 2009a, p. 143-162. DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v2i2p143-162
_______. As formas mestiças da mídia (Entrevista). Revista Pesquisa FAPESP, n. 163, 2009b.
_______. De los medios a las mediaciones: comunicación, cultura y hegemonía. Barcelona: Anthropos, 2010a.
_______. Introducciones:de los medios a las mediaciones. Bogotá: Centro de Competencia en Comunicación para América Latina, 2010b.
_______. Los inesperados efectos de un escalofrío epistemológico. (Conferência). Punto Cero, n. 24, 2011a. Disponível em: <https://goo.gl/tnRX9h>. Acesso em: 15 jan. 2018.
_______. La pertenencia en el horizonte de las nuevas tecnologías y de la so-ciedad de la comunicación. In: HOPENHAYN, M.; SOJO, A. (Comps.). Sentido de pertenencia en sociedades fragmentadas: América Latina desde una perspectiva global. Buenos Aires: Siglo XXI, 2011b. p. 105-126.
_______. Mes rencontres avec Walter Benjamin. Théorème, Persistances benja-miniennes, n. 21, p.181-192, 2014.
MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
PASSOS, E.; BARROS, R. B. Cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L. (Orgs.) Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 17-31.
PASSOS, E.; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L. (Orgs.) Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.
POZZANA, L. A formação do cartógrafo é o mundo: corporificação e afetabilidade. Fractal, v. 25, n. 2, p. 323-338, maio/ago. 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1984-02922013000200007
PRADO FILHO, K.; TETI, M. M. A cartografia como método para as ciências humanas e sociais. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n. 38, p. 45-59, jan./jun. 2013. Disponível em: <https://goo.gl/wNFwxr>. Acesso em: 15 jan. 2018.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível: estética e política. São Paulo: Editora 34, 2005.
RUEDA, A. Des médias aux médiations: quelles médiations, quels objets, quels enjeux? Les Enjeux de l’information et de la communication, n. 2, p. 88-103, 2010.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. Porto: Afrontamento, 1997.
SCOLARI, C. Hipermediaciones: elementos para una teoría de la comunicación digital interactiva. Barcelona: Gedisa, 2008.
SERRES, M. Atlas. Madrid: Cátedra, 1995.
WALLERSTEIN, I. Para abrir as ciências sociais. São Paulo: Cortez, 1996.Artigo recebido em 30 de agosto de 2017 e aprovado em 20 de janeiro de 2018.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Les auteurs qui publient dans ce journal acceptent les termes suivants:
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, le travail étant concédé simultanément sous la licence Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) qui permet le partage de l'œuvre avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans cette revue à des fins non commerciales.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de l'ouvrage publiée dans cette revue (par exemple, publication dans un référentiel institutionnel ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans cette revue.