"Deveríamos tomar mais cervejas juntos”: duas ou três coisas que pesquisadores de quadrinhos poderiam aprender com os
Resumo
O pintor francês Eugène Delacroix costumavadizer que na arte, toda verdade é construída por
métodos que revelam as mãos do artista (WELLINGTON,
1980, p.388). A mensagem ou a “verdade”, na expressão
de Delacroix é o que resulta da habilidade do artista
em transformar as coisas por meio de sua técnica.
Assim como os artistas, os críticos também dependem
de seus métodos. Porém, não raro a metodologia parece
servir para ocultar a mão do artista. Autores de
quadrinhos e seus críticos, em geral, não sabem
muito um sobre o outro. Embora o desconhecimento a respeito da opinião da crítica não afete necessariamente
a produção de determinado autor, a recíproca não é
verdadeira e uma compreensão mais aprofundada a respeito
do autor pode alterar em muito os rumos de uma pesquisa.
O documentário e posterior série Malditos Cartunistas
(2011) trata do ofício de desenhista, mas também
fornece material para a construção de um identidade
do ofício. O projeto, concebido por dois cartunistas,
Daniel Paiva e Daniel Garcia apresenta alguns dos
mais representativos nomes da cena brasileira num tom
informal, para conduzir uma apreciação crítica sobre
seus métodos de trabalho, o processo criativo, relação
com a censura e as mudanças geradas pela internet.
Partindo do Malditos Cartunistas, o artigo analisa a
relação entre pesquisadores e quadrinistas e levanta
questões a respeito das implicações de uma maior
troca entre ambos os lados.
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Publicado
2014-12-09
Edição
Seção
Artigos
Licença
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Como Citar
"Deveríamos tomar mais cervejas juntos”: duas ou três coisas que pesquisadores de quadrinhos poderiam aprender com os. (2014). 9ª Arte (São Paulo), 3(2), 69-77. https://www.revistas.usp.br/nonaarte/article/view/99679