As Novas Vozes da Literatura Brasileira Contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2018.149359Palavras-chave:
Ficção, Literatura brasileira, Literatura Contemporânea, Novas vozesResumo
A era da multiplicidade revela a quebra de fronteiras, com diversos meios de comunicação que possibilitam novos suportes para a escrita e a leitura. A produção literária é mais heterogênea, apresentando novas vozes, com mais autoras, autores negros, LBGT, e grupos marginalizados que também buscam seu espaço. Os leitores mostram-se cada vez mais ativos e exigentes, refletindo na rapidez na sucessão dos modismos. Neste cenário no qual a literatura ainda sobrevive, busca-se apontar neste artigo características predominantes na ficção contemporânea brasileira em relação à estética, aos temas abordados, ao discurso e à construção de personagens, de acordo com a leitura de algumas obras lançadas a partir 2016, como O amor dos homens avulsos (Victor Heringer), O tribunal da quinta-feira (Michel Laub), Correr com Rinocerontes (Cristiano Baldi), Ponciá Vicêncio (Conceição Evaristo - reedição), entre outras.
Downloads
Referências
ASSIS BRASIL, Luiz Antonio. O inverno e depois. Porto Alegre: L&PM, 2016.
BAKHTIN, M. Arte e responsabilidade. In BAKTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
BALDI, Cristiano. Correr com Rinocerontes. Porto Alegre: Não editores, 2017.
BARTHES, Roland. “Introdução à análise estrutural da narrativa”. In Análise estrutural da narrativa: pesquisas semiológicas. 1ª ed. Trad. Maria Zélia Barbosa Pinto. Petrópolis: Vozes, 1976.
BATALHA, Martha. A vida invisível de Eurídice Gusmão. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. 5ª. São Paulo: Perspectiva, 1998.
CHAUI, Marilena. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000, p. 89-90.
COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Tradução de Cleonice Paes Mourão e Consuelo Santiago. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2001.
DALCASTAGNÈ, Regina. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Vinhedo: Editora Belo Horizonte / Rio de Janeiro: Editora da Uerj, 2012.
EVARISTO, Conceição. Ponciá Vicêncio. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.
FRIEDRICH, Hugo. A estrutura da lírica moderna. São Paulo: Duas Cidades, 1978.
HERINGER, Victor. O amor dos homens avulsos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
HIDALGO, Adriana. Rio-Paris-Rio. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.
LAUB, Michel. O tribunal da quinta-feira. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
MASSUELA, Amanda. Entrevista DALCASTAGNÉ, Regina. Quem é e sobre o que escreve o autor brasileiro. Cult. Revista Brasileira de Cultura, nº 231, fev. 2018, p. 14-19.
MENDES, Fábio Marques. Realismo e Violência na Literatura contemporânea. Os contos de Famílias terrivelmente felizes de Marçal Aquino. 1ª ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. Mutações da literatura do século XXI. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
RESENDE, Beatriz. A literatura contemporânea na era da multiplicidade. In: Contemporâneos: expressões da literatura brasileira no século XXI. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, Biblioteca Nacional, 2008. p. 15– 40.
SANTIAGO, Silviano. Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
SCHOLLHAMMER, K. E. Os cenários urbanos da violência na literatura brasileira. In: PEREIRA, C. A. M.; RONDELLI, E.; SCHOLLHAMMER, K. E. et. al. Linguagens da violência. Rio de Janeiro, Rocco, 2000.
WILLIAMS, Melissa S. Voice, trust, and memory: marginalized groups and the failings of literal representation. Princeton: Princeton University Press. Apud DALCASTAGNÈ, Regina. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Vinhedo: Editora Belo Horizonte / Rio de Janeiro: Editora da Uerj, 2012.
WOOD, James. Como funciona a ficção. 2ª reimpressão. Tradução de Desine Bottmann. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Geysiane Aparecida de Andrade

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista Opiniães não exerce cobrança pelas contribuições recebidas, garantindo o compartilhamento universal de suas publicações. Os autores mantêm os direitos autorais sobre os textos originais e inéditos que disponibilizarem e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.