As subversões do tempo nos comunicados zapatistas
DOI:
https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2014.87760Palavras-chave:
Comunicados zapatistas, tempo, história, memória, coletivo.Resumo
O presente artigo intenta problematizar noções de tempo e história perante um caso etnográfico que se impõe de maneira diferenciada. Trato de construções de mundo imersas nos comunicados do Movimento Zapatista. Tais construções têm como vocativo a resistência e são por isso poderosos instrumentos simbólicos. Utilizo três elementos para esclarecer essa reflexão: as cosmovisões, histórias de criação que incorporam classificações sobre o presente; os símbolos referentes à Revolução Mexicana; a memória e a construção de coletivos que têm como nexo de união as noções de morte e dor. Tais elementos são analisados em torno de um modelo de se pensar o tempo: em espiral, ou “caracol”, que tem como característica principal a indefinição entre o começo e o fim. Tal modelo é tratado para pensar a coexistência entre aspectos míticos e simbólicos que se intercalam com a vivência na resistência.
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