Das artes e da natureza: articulação de saberes no pensamento científico do século XIII

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.161173

Palavras-chave:

História Global, Idade Média, Natureza, Cosmologia, Enciclopedismo

Resumo

Ao adotar a história global como método, o artigo busca analisar, na construção do pensamento científico ocidental do século XIII, as articulações entre as formas de pensamento e os conhecimentos produzidos em distintas temporalidades e espacialidades históricas. A partir da análise da obra Image du Monde, escrita por Gossouin de Metz, por volta de 1245, pretende-se reconectar o ambiente intelectual francês aos espaços de circulação dos saberes grego antigo e árabe medieval. Nessa reflexão, as profundas mudanças na percepção da natureza do homem medieval e a busca por explicações científicas do mundo e de tudo o que nele existe ocupam um lugar central.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Adriana Vidotte, Universidade Federal de Goiás

    Doutora em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho - Unesp. Professora dos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás e do mestrado profissional em História Ibérica da Universidade Federal de Alfenas - Minas Gerais - Brasil.

Referências

ALPALHÃO, Margarida. Introdução. In: GOSSOUIN DE METZ. Imagem do mundo. Lisboa: Instituto de Estudos Medievais/Universidade Nova de Lisboa, [2010].

AVERRÓIS. Discurso decisivo. Introdução de Alain de Libera. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

BARRERA, Noemi. El fenomen enciclopèdic medieval: una visió comparada del saber. Temps d‘Educació, Universitat de Barcelona, n.º 41, p. 143-164, 2011.

BARROS, Carlos. La humanización de la naturaleza en la Edad Media. Edad Media: Revista de Historia, n.º 2, p. 169-194, 1999.

BASCHET, Jérôme. Faut-il mondialiser I’histoire médiévale? In: XLVIIe Congrés de la SHMESP (Arras, 26-29 mai/ 2016). Histoire monde, jeux d’échelles et espaces connectés. Paris: Éditions de la Sorbonne, 2017.

BASTÚS, Vicenç Joaquín. El trivio y el cuadrivio o la nueva enciclopedia. El cómo, cuándo y la razón de las cosas. Barcelona: Imprenta de la Viuda e Hijos de Gaspar, 1862.

BEYER DE RYQUE, Benoît. Le miroir du monde: un parcours dans l›encyclopédisme médiéval. Revue belge de philologie et d’histoire, tome 81, fasc. 4, p. 1243-1275, 2003. Disponível em: <https://www.persee.fr/doc/rbph_0035-0818_2003_num_81_4_4781>. DOI disponível em: <https://doi.org/10.3406/rbph.2003.4781>. Acesso em: 21 nov./ 2018.

BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. O aristotelismo e o pensamento árabe: Averróis e a recepção de Aristóteles no mundo medieval. Revista Portuguesa de História do Livro e da Edição, ano XII, n.º 24, p. 61-103, 2009.

CASTRO HERNÁNDEZ, Pablo. La naturaleza y el mundo en la Edad Media: perspectivas teológicas, cosmológicas y maravillosas. Una revisión conceptual e historiográfica. Revista Historias del Orbis Terrarum, Anejos de Estudios Clásicos, Medievales y Renacentistas, Santiago, v. 10, p. 1-35, 2015.

CHARTIER, Roger. La conscience de la globalité (commentaire). Annales Histoire, Sciences Sociales. 56e année, n.º 1, p. 119-123, 2001.

DAHAN, Gilbert. Encyclopédies et exégèse de la Bible aux XIIe et XIIIe siècles. Cahiers de recherches médiévales, n.º 6, 1999, jan./ 2007. DOI: 10.4000/crm.927. Disponível em <http://journals.openedition.org/crm/927>. Acesso em: 19 abr./ 2019.

FAZIO VENGOA, Hugo; FAZIO VENGOA, Luciana. La historia global y la globalidad histórica contemporánea. Historia Crítica, n.º 69, p. 3-20, 2018. DOI disponível em: <https://doi.org/10.7440/histcrit69.2018.01>.

FOSSIER, Robert. Gente de la Edad Media. Madrid: Taurus, 2007.

GILSON, Etienne. A filosofia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

GLACKEN, Clarence. Huellas en la playa de Rodas: Naturaleza y cultura en el pensamento occidental desde la Antigüedad hasta finales del siglo XVIII. Barcelona: Ediciones del Serbal, 1996.

GOSSOUIN DE METZ. Imagem do mundo. Apresentação, edição e tradução de Margarida Santos Alpalhão. Lisboa: Instituto de Estudos Medievais/Universidade Nova de Lisboa, [2010].

KESSELRING, Thomas. O conceito de natureza na história do pensamento ocidental. Episteme, n.º 11, p. 153-172, 2000.

KOYRÉ, Alexandre. Estudios de historia del pensamiento científico. Madrid: Siglo veintiuno editores, 1977.

LE GOFF, Jacques. Pourquoi le XIIIe siècle a-t-il été un siècle d’encyclopédisme? L’enciclopedismo medievale, Ravenne: M. Picone, 1994, p. 23-40.

LEVI, Giovanni. Microhistoria e Historia Global. Historia Crítica, n.º 69, p. 21-35, 2018. DOI disponível em: <https://doi.org/10.7440/histcrit69.2018.02>.

LYONS, Jonathan. A casa da sabedoria. Como a valorização do conhecimento pelos árabes transformou a civilização ocidental. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

Martínez Gázquez, José. Los Árabes y el Paso de la Ciencia Griega al Occidente Medieval, 2005. Disponível em: <https://www.researchgate.net/>. Acesso em jul./ 2019.

MEIRINHOS, José Francisco. A Filosofia no Século XII - Renascimento e resistências, continuidade e renovação. [S.l.]: Mandruvá, 2000.

MORIN, Edgar. El método. Madrid: Cátedra, 1981.

ROJAS DONAT, Luis. El hombre frente a la naturaleza. Para una meditación de la Edad Media. Hualpén: Ediciones Universidad del Bío-Bío, 2009.

RUCQUOI, Adeline. La percepción de la naturaleza en la Alta Edad Media. In: SABATÉ, Flocél. (ed.) Natura i desenvolupament a l’Edat Mitjana. Lleida: Pagès Editors, 2007, p. 73-98.

SABATÉ, Flocél (ed.). Natura i desenvolupament a l’Edat Mitjana. Lleida: Pagès Editors, 2007.

VERNANT, Jean Pierre. O universo, os deuses, os homens. Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

VERGARA CIORDIA, Javier. Enciclopedismo especular en la Baja Edade Media. AHIg, n.º 18, p. 295-309, 2009.

Weill-Parot, Nicolas. Innovation et science scolastique de la nature (v. 1260 – milieu du XIVe siècle). Cahiers de recherches médiévales et humanistes [En ligne], 27, 2014. DOI: 10.4000/crm.13433. Disponível em: <http://journals.openedition.org/crm/13433>. Acesso em: abr./ 2019.

Weill-Parot, Nicolas. Points aveugles de la nature. La rationalité scientifique médiévale face à l’occulte, l’attraction magnétique et l’horreur du vide. Paris: Les Belles Lettres, 2013.

Downloads

Publicado

2020-09-09

Edição

Seção

Dossiê: Uma História Global antes da Globalização?

Como Citar

VIDOTTE, Adriana. Das artes e da natureza: articulação de saberes no pensamento científico do século XIII. Revista de História, São Paulo, n. 179, p. 1–28, 2020. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2020.161173. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/161173.. Acesso em: 16 abr. 2024.