Estilo de minerar ouro nas Minas Gerais escravistas, século XVIII

Autores

  • Francisco Eduardo de Andrade Universidade Federal de Ouro Preto
  • Dejanira Ferreira de Rezende Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0i168p382-413

Palavras-chave:

Estilo, relações de trabalho, mineração

Resumo

A historiografia sobre as minas apega-se às determinações econômicas e técnicas da atividade mineradora, na América portuguesa. Buscamos, no entanto, relacionar técnica e direito (legal e costumeiro), salientando que este fundamenta a dinâmica ou evolução das práticas minerárias. Abordamos, ainda, as relações de trabalho constituídas nas unidades de extração aurífera: das diversas formas de associação às faisqueiras.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de. Ricos e pobres em Minas Gerais: produção e hierarquização social no mundo colonial, 1750-1822. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2010.

ANASTASIA, Carla Maria Junho. A Lei da Boa Razão e o novo repertório da ação coletiva nas Minas setecentistas. Varia História. Belo Horizonte, n. 28, dez. 2002, p. 37-38.

ANDRADE, Francisco Eduardo de. A administração das minas do ouro e a periferia do poder. In: PAIVA, Eduardo França (org.). Brasil-Portugal: sociedades, culturas e formas de governo no mundo português. São Paulo: Annablume, 2006

ANDRADE, Francisco Eduardo de. A invenção das Minas Gerais: empresas, descobrimentos e entradas nos sertões do ouro da América portuguesa. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Editora PUC Minas, 2008.

ANZOATÉGUI, Víctor Tau. El poder de la costumbre. Estudios sobre el Derecho consuetudinario en América hispana hasta la Emancipación. Disponível em:http://www.larramendi.es/i18n/catalogo_imagenes/grupo.cmd?path=1000174. Acesso em 13/02/2011.

BLANCO, Alejandro Vergara. Contribuición a la historia del derecho de águas, III: fuentes y principios del derecho de águas indiano. Revista Chilena de Derecho. Santiago, v. 19, n. 2, 1992, p. 311-332.

BLUTEAU, Rafael. Vocabulario portuguez e latino. Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712.

CALÓGERAS, João Pandiá. As minas do Brasil e sua legislação. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1904.

CHARTIER, Roger. Pierre Bourdieu e a história. Debate com José Sérgio Leite Lopes. In: BOURDIEU, Pierre; CHARTIER, Roger. O sociólogo e o historiador. Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 87-134.

COUTINHO, José Joaquim da Cunha de Azeredo. Discurso sobre o estado atual das Minas do Brasil [1804]. In: HOLANDA, Sérgio Buarque (org.). Obras econômicas de José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho. São Paulo: Editora Nacional, 1966.

ESCHWEGE, Wilhelm L. von. Pluto brasiliensis. v. 1. Tradução de Domício de Figueiredo Murta. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/ Edusp, 1979.

FERRAND, Paul. O ouro em Minas Gerais. Tradução de Júlio Castanõn Guimarães. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1998.

FERREIRA, Francisco Ignácio. Repertorio juridico do mineiro. Consolidação alphabetica e chronologica. Rio de Janeiro: Typograhia Nacional, 1884.

FIGUEIREDO, Luciano Raposo de Almeida, CAMPOS, Maria Verônica (orgs.). Códice Costa Matoso: coleção das notícias dos primeiros descobrimentos das minas na América que fez o doutor Caetano da Costa Matoso sendo ouvidor-geral das do Ouro Preto, de que tomou posse em fevereiro de 1749, e vários papéis. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro/ Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1999.

FONSECA, Alberto de Freitas Castro; PRADO FILHO, José Francisco do. Um importante episódio na história da gestão dos recursos hídricos no Brasil: o controle da Coroa portuguesa sobre o uso da água nas minas de ouro coloniais. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 11, n. 3, jul.-set. 2006, p. 5-14.

FONSECA, Cláudia Damasceno. Arraiais e vilas d’el rei: espaço e poder nas Minas setecentistas. Tradução de Cláudia Damasceno Fonseca e Maria Juliana Gambogi Teixeira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

GONÇALVES, Andréa Lisly. Escravidão, herança ibérica e africana e as técnicas de mineração em Minas Gerais no século XVIII. SEMINÁRIO SOBRE ECONOMIA MINEIRA, XI, Diamantina, 2004. Anais eletrônicos. Disponível em: http://econpapers.repec.org/bookchap/cdpdiam04/. Acesso em 16/05/2011.

HESPANHA, António Manuel. Imbecillitas: as bem aventuranças da inferioridade nas sociedades de Antigo Regime. São Paulo: Annablume, 2010.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. A mineração: antecedentes luso-brasileiros. In: Idem. História geral da civilização brasileira. A época colonial. v. 2. 7ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Metais e pedras preciosas. In: Idem. História geral da civilização brasileira. A época colonial. , v. 2. 7ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1993.

LATIF, Miran de Barros. As Minas Gerais. 3ª edição. Belo Horizonte: Agir, 1960.

LEME, Antonio Pires da Silva Pontes. Memória sobre a utilidade pública em se extrair o ouro das minas e os motivos dos poucos interesses que fazem os particulares, que mineram igualmente no Brasil. Revista do Arquivo Público Mineiro. Ouro Preto, v. 1, n. 3, jul.-set. 1896, p. 417-426.

LUNA, Francisco Vidal. Mineração: métodos extrativos e legislação. Estudos Econômicos. São Paulo, v. 13, número especial, 1983, p. 845-859.

MARCONDES, Renato Leite; COSTA, Iraci del Nero da. “Racionalidade econômica” e escravismo brasileiro: uma nota. Estudos de História. Franca, v. 9, n. 1, 2002.

MARGADANT, Guillermo F. El agua a la luz del derecho novohispano. Triunfo de realismo y flexibilidad. Anuario Mexicano de Historia del derecho, I. 1989, México: Unam, p. 113-146.

PAIVA, Eduardo França. Bateias, carumbés, tabuleiros: mineração africana e mestiçagem no Novo Mundo. In: ANASTASIA, Carla Maria Junho, PAIVA, Eduardo França (orgs.). O trabalho mestiço, maneiras de pensar e formas de viver – séculos XVI a XIX. São Paulo/Belo Horizonte: Annablume/PPGH-UFMG, 2002, p. 187-207.

PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. 20ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

REIS, Flávia M. da Mata. Entre faisqueiras, catas e galerias: explorações do ouro, leis e cotidiano nas Minas do século XVIII (1702-1762). Dissertação de mestrado, História, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.

RENGER, Friedrich E. Direito mineral e mineração no Códice Costa Matoso (1752). Varia Historia. Belo Horizonte, n. 21, jul. 1999, p. 156-170.

RUGENDAS, Johann Moritz. Imagens e notas do Brasil. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro, v. 13, 1956, p. 82-83.

RUSSELL-WOOD, Anthony J. R. Technology and society: The impact of gold mining on the institution of slavery in Portuguese America. The Journal of Economic History. Cambridge, v. 37, n. 1, mar. 1977, p. 59-83.

SILVA, Antônio Morais. Diccionario da lingua portugueza. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1813.

SILVA, Nuno J. Espinosa Gomes da. História do direito português. Fontes de direito. 4ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2006.

SIMONSEN, Roberto Cochrane. História econômica do Brasil: 1500-1820. 8ª ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1978.

TEDESCHI, Denise Maria Ribeiro. Águas urbanas: as formas de apropriação das águas em Mariana/MG (1745-1798). Dissertação de mestrado, História, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas/Universidade Estadual de Campinas, 2011.

ZIMMERMANN, Bénédicte; WERNER, Michael. Pensar a história cruzada: entre empiria e reflexividade. Textos de História. Brasília, v. 11, n. 1-2, 2003, p. 89-127.

Downloads

Publicado

2013-06-30

Como Citar

ANDRADE, Francisco Eduardo de; REZENDE, Dejanira Ferreira de. Estilo de minerar ouro nas Minas Gerais escravistas, século XVIII. Revista de História, São Paulo, n. 168, p. 382–413, 2013. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.v0i168p382-413. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/59418.. Acesso em: 13 out. 2024.