A invenção do Brasil: um problema nacional?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0i118p3-12Resumo
(Primeiro parágrafo do artigo)
Em 1790, um colono português, oculto sob o pseudônimo de Amador Patrício de Portugal observava, numa carta ao Ministro Martinho de Melo e Castro que, ao tentar escapar da ascendência européia, os brasileiros tinham "somente duas a que recorrer, que são os negros do sertão da África, ou os índios naturais da América". Não imaginava o autor da-quela carta cujo objetivo era alertar a Coroa sobre o anti-lusitanismo crescente no Rio de Janeiro, que suas palavras soariam como verdadeira maldição lançada sobre a gente do Novo Mundo que ousava, no findar dos idos setecentistas, pensar a liberdade e a autonomia política da colônia. O impasse se colocava, portanto, desde as primeiras manifestações em direção à independência. Por onde caminharia a construção da identidade de uma nação que, emergindo da condição colonial, continuaria a ter, no sistema escravista, as bases da sustentação econômica do Estado?
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