História Contemporânea da cultura. Os Anos 50: linhas de produção cultural
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0i111p155-175Palavras-chave:
Brasil 1950, produção cultural, desenvolvimentismo, ISEBResumo
(primeiro parágrafo do artigo)
No Brasil, o desenvolvimento "progressista" da economia liberal, o desenvolvimento planejado começava a se anunciar nos horizontes da intelectualidade mais aberta às novas tendências do final da Segunda Guerra. A reconstrução material da Europa, a articulação da economia japonesa, os planos quinqüenais na União Soviética, as marcas do New Deal indicavam nesta área "periférica" — para utilizar expressão cara aos nacionalistas — a direção a seguir, rumo ao desenvolvimento planejado. E largos setores de intelectualidade não estiveram alheios ao problema; antes, pelo contrário, passaram a empenhar-se na fabricação de modelos de desenvolvimento nacional, num processo que terá sua plena florescência na década seguinte. Como tendência geral, o pensamento radical se empenhará, diluindo-se com isso, nas linhas de reforço ao reformismo desenvolvimentista. Estará refugiado, nos anos seguintes, em núcleos como o ISEB, a "Sorbonne", ou a Sudene (1959). Representará um pensamento pro-gressista, sim. Mas não revolucionário.
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