Raspagens das Palhetas por Oboístas Brasileiros - Um Estudo dos ajustes nas palhetas de oboé sob ação de agentes climáticos externos

Autores

  • Joel Gisiger Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2017.128895

Palavras-chave:

Oboé, Palhetas, Ajustes, Variações Climáticas, Escola Alemã, Escola Americana.

Resumo

A presente pesquisa visa observar e identificar os ajustes propostos por oboístas brasileiros em palhetas de oboé preparadas para a performance e que sofrem alterações devido a ação da umidade do ar, temperatura do ambiente e altitude relativa ao nível do mar. Também, investigou-se possíveis tendências nas preferências de sonoridade e flexibilidade dos oboístas entrevistados, procurando compreender se existe algum fator que ligue tais tendências com os tipos de ajustes propostos. Com a finalidade de direcionar a pesquisa a um foco de interesse comum aos entrevistados, resumiu-se as diferentes escolas de raspado em duas, Escola Alemã e Escola Americana, tendo em vista que estas escolas exercem grande influência nos mais diversos estilos de raspagem. Um fenômeno notório brasileiro também foi investigado, que é a convivência pacífica das diferentes escolas dentro das orquestras. Como parte dos procedimentos metodológicos, foi realizado um breve levantamento bibliográfico de autores discorrendo sobre raspagens de palhetas de oboé, com a finalidade de compreender o que se considera uma palheta pronta para performance e o que a caracteriza. Utilizou-se também a ferramenta de pesquisas on-line “survey mokey” para uma investigação com oboístas brasileiros, mediante a observação das tendências de sonoridade, flexibilidade e ajustes da palheta. Após a análise dos dados, houve uma listagem graduada de ajustes classificada pelos oboístas brasileiros dentro de suas escolas de raspagem. Concluiu-se haver características muito semelhantes nas preferências de sonoridade, flexibilidade e ajustes, apontando uma provável causa que aproxima as diferentes escolas de oboé em território nacional.

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Biografia do Autor

  • Joel Gisiger, Universidade Federal da Bahia

    Joel Gisiger iniciou seus estudos de oboé em 1983 na Escola Municipal de Música de São Paulo, com o Professor Benito Sanches. Obteve aulas de aperfeiçoamento com Washington Barella. Em 1989 recebe por concurso uma bolsa de estudos pela Fundação Vitae para a Academia da Filarmônica de Berlim - Fundação Karajan - passando a ter aulas com o lendário Lothar Koch. Como professor, participou do XIXº, XXº e XXXVIIº Festival Internacional de Música de Brasília, de várias edições do Festival de Inverno de Campos do Jordão e do XXº Festival de Música de Londrina além de receber diversos convites para ministrar Máster Classes. É professor da Escola municipal de Música de São Paulo, do Instituto “Jovens Baccarelli” e da Academia da Osesp. Tem se apresentado como solista em diversas orquestras, destacando-se dentre muitas, a Orquestra Sinfônica de Santo André, a Orquestra de Câmara São Paulo, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, Orquestra Virtuosi e Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, nesta última realizando a primeira audição Latino Americana do Concerto para Oboé de Alfred Schnittke. No exterior, Gisiger tocou como camerista no Castelo de Charlotenburg (Berlim), na Orquestra da Academia (Fundação Karajan) e no Quinteto de Sopros da Akademie des Berliner Philarmonischen Orchester, além de ter tocado na Filarmônica de Berlim em concerto sinfônico. Desenvolveu trabalho camerístico com o Quinteto de sopros de Curitiba com apresentando-se em concertos nas cidades de Stuttgart e Munique. Mantém atividade regular com o Quinteto de Sopros da Osesp, ministrando aulas e máster classes no interior do Estado de São Paulo e pelo Brasil. É primeiro oboé-solo da OSESP onde atua desde 1988, posto que lhe rende críticas de destaque, como “Joel Gisiger, há muito, merece o prêmio nacional do oboé, criado só para ele...” na Folha de São Paulo em 20/03/2003. Atualmente, é mestrando PPGPROM-UFBA.

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Publicado

2017-10-30

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Raspagens das Palhetas por Oboístas Brasileiros - Um Estudo dos ajustes nas palhetas de oboé sob ação de agentes climáticos externos. (2017). Revista Da Tulha, 3(1), 175-208. https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2017.128895