Notas Sobre a História dos Trabalhos das Mulheres na Sociedade Ocidental: das diferenças as desigualdades laborais de gênero.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1095.v9p123-140Palavras-chave:
Mulheres, Relações de gênero, Trabalho, Desigualdade laboral, CapitalismoResumo
Este artigo tem como objetivo refletir a luz da historiografia feminista o lugar que os trabalhos das mulheres ocuparam no desenvolvimento da cultura ocidental que ultrapassam em muito o papel que o modo de produção capitalista lhe outorgou. Especificamente, o que se pretende demonstrar por meio da revisão bibliográfica é que as relações de produção capitalistas que favorecem o patriarcado, além de imporem o modelo nuclear de família, também propiciam narrativas próprias da história e, neste modelo, não há espaço para a explicação da contribuição das mulheres na formação material e simbólica da cultura. Apagado da memória, o trabalho feminino é tratado como exceção à regra e nunca como uma constante. Não à toa, invariavelmente nos deparamos com textos indicando a entrada da mulher no mundo do trabalho como algo recente, quando, na verdade, desde que se tem notícia o trabalho feminino era determinante para a manutenção e desenvolvimento dos núcleos familiares e de suas respectivas comunidades. Neste sentido, para que se possa compreender a especificidade do trabalho das mulheres na sociedade capitalista é preciso fazer uma análise da totalidade dessa dupla estrutura que se utiliza de explicações ditas naturais para relegar as mulheres a condições precárias de existência e trabalho no processo de constituição do modo de produção capitalista.
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