Avaliação morfofuncional do auto-implante ovariano no retroperitônio
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v35i1p30-35Palavras-chave:
Ovário. Transplante. Esfregaço Vaginal. Ovariectomia. Rata.Resumo
Introdução: Em muitos procedimentos pélvicos e abdominais, a ooforectomia bilateral se impõe, porém suas complicações sistêmicas, como insuficiências hormonais, podem ser de difícil controle. Objetivo: Visando a preservação da função gonadal, em casos de ooforectomia, avaliaram-se aspectos funcionais e histológicos de tecido ovariano auto-implantado, em posição heterotópica. Material e Métodos: Foram selecionadas 36 ratas Wistar, com ciclos estrais, normais, divididas aleatoriamente em quatro grupos (n=9): G1 . controle- submetido a laparotomia, sem procedimento cirúrgico adicional; G2- ooforectomia bilateral; G3- os ovários retirados foram implantados integralmente no retroperitônio; G4- os ovários retirados foram fatiados e também implantados no retroperitônio. Nos 3o e 6o meses pós-operatórios, realizaram-se esfregaços vaginais e estudos histológicos dos implantes ovarianos.Resultados: Os animais do grupo G1 tiveram seus ciclos normalmente. As ratas dos grupos G2 permaneceram durante todo o período em diestro. No grupo G3, no sexto mês, duas ratas tiveram ciclos completos, compatíveis com a fase estral; três animais apresentaram ciclos irregulares e os restantes permaneceram em diestro. No grupo G4, no sexto mês pós-operatório, três ratas apresentaram ciclos incompletos, cinco ratas apresentaram ciclos estrais completos, e apenas uma permaneceu fixa em diestro. O estudo anatomopatológico confirmou viabilidade ovariana em ambos os grupos de auto-implante (G3 e G4) com melhores resultados para o G4. Conclusões: O auto-implante ovariano no retroperitônio, na forma fatiada, apresentou melhor preservação morfofuncional do que a do íntegro.
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