Diante da catástrofe. Imagem em movimento, imagem-apagamento e cemitério marinho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2018.137973

Palavras-chave:

Imagem em movimento, catástrofe, memória, ditadura

Resumo

Este artigo pretende pensar a indissociabilidade entre representação da catástrofe e catástrofe da representação. Para tanto, serão observadas tentativas de figurar diferentes eventos catastróficos por meio da imagem em movimento, ao longo da história. Na vídeo-instalação Los durmientes (2014), realizada pelo artista chileno Enrique Ramirez e exposta em 2015 no Museo de la Memoria y los Derechos Humanos de Santiago, a água que preenche todo o quadro tem qualidade sólida e opaca, funcionando como obstáculo à visão do espectador, o que reitera a “invisibilidade constitutiva” das tentativas de representação da catástrofe. Enquanto  afirmação da inacessibilidade da verdade sobre os presos torturados, assassinados e desaparecidos sob a ditadura militar chilena, pode esta imagem em movimento ser entendida como imagem-apagamento?

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Biografia do Autor

  • Lucia Ramos Monteiro, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes

    Doutora em cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3 e pela Universidade de São Paulo, Lúcia Ramos Monteiro realiza atualmente uma pesquisa de pós-doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

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Publicado

2018-08-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Monteiro, L. R. (2018). Diante da catástrofe. Imagem em movimento, imagem-apagamento e cemitério marinho. ARS (São Paulo), 16(33), 197-217. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2018.137973