Notas sobre a (superestimada) interatividade tecnológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2023.174792

Palavras-chave:

Arte contemporânea, Feedback, Participação, Tecnologia

Resumo

O artigo propõe uma reflexão sobre a interatividade tecnológica na arte contemporânea. Para este fim, discorre sobre os modos de incorporação do espectador, com foco na superação da dicotomia entre observador passivo e interator ativo e da tendência em abordar a interatividade numérica como fenômeno disruptivo. Por último, fundamentado no trabalho do artista mexicano Rafael Lozano-Hemmer, o estudo identifica três modelos de resposta (output) visuais pautados em sistemas presenciais de feedback humano-máquina.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Patrícia Teles Sobreira de Souza, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    Patrícia Teles é artista-pesquisadora e professora do Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Doutora em Arte e Tecnologia (Universidade de Brasília), mestre em Lenguajes Artísticos Combinados (Universidad Nacional de las Artes) e bacharel em Artes Cênicas – Direção Teatral (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Referências

BELTING, Hans. O fim da história da arte. São Paulo: Cosac Naify Portátil, 2012.

BISHOP, Claire. Participation. London: Whitechapel/Cambridge: MIT Press, 2006.

BOURRIAUD, Nicolas. Estética relacional. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

BURGER, Peter. Teoria da vanguarda. São Paulo: Cosac Naify Portátil, 2012.

BURNHAM, Jack. Real Time Systems. Artforum, Nova York, n. 8, p. 49-55, 1969.

COUCHOT, Edmond. A arte pode ser ainda um relógio que adianta? O autor, a obra e o espectador na hora do tempo real. In DOMINGUES, Diana. A arte no século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo: Editora UNESP, 1997, p. 135-143.

COUCHOT, Edmond. TRAMUS, Marie-Helène; BRET, Michel. A Segunda Interatividade: em direção a novas práticas artísticas. In: DOMINGUES, Diana. Arte e Vida no Século XXI: tecnologia, ciência e criatividade. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

DIDI-HUBERMAN, Georges. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34, 2010.

GERE, Charlie. Arte como retroalimentación. In FEEDBACK: arte que responde a instrucciones, a inputs o a su entorno. Catálogo de exposição. Fundación La Laboral, Gijón, p. 62–77, 2007.

GIANNETTI, Claudia. A estética digital: sintopia da arte, ciência e tecnologia. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 2006.

HUHTAMO, Erkki. Twin-touch-test-redux: abordagem arqueológica da mídia para a arte, interatividade e tatibilidade. In DOMINGUES, Diana. Arte, ciência e tecnologia: passado, presente e desafios. São Paulo: Editora UNESP, 2009, p. 111-137.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

PLAZA, Júlio. Arte e interatividade: autor-obra-recepção. ARS, São Paulo, vol. 1, n. 2, p. 8-29, dez. 2003.

RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

ROKEBY, David. Transforming Mirrors: Subjectivity and Control in Interactive Media. In PENNY, Simon (ed.). Critical Issues in Electronic Media. Nova York: Sunny Press, 1995, p. 133-158.

SHANKEN, Edward A. From Cybernetics to Telematics. In ASCOTT, Roy. Telematic Embrace: Visionary Theories of Art, Technology and Consciousness. Berkeley e Los Angeles: University of California Press, 2003, p. 1-95.

VENTURELLI, Suzete; MACIEL, Marcio L. B. Imagem interativa. Brasília: Editora UnB, 2008.

ZICS, Brigitta. Transparency, Cognition and Interactivity: Toward a New Aesthetic for Media Art. Tese (Doutorado em Arte e Tecnologia). University of Wales, Newport, 2008.

Downloads

Publicado

2023-04-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Notas sobre a (superestimada) interatividade tecnológica. (2023). ARS (São Paulo), 21(47), 254-287. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2023.174792

Dados de financiamento