Museologia Social e novos atores no Rio de Janeiro: o caso do Museu de Favela
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v28i1p273-295Palavras-chave:
Museologia social, Museu de Favela, Patrimônio, Memória, PoderResumo
O presente trabalho visa tecer relações entre as novas produções museais e museológicas presentes na cidade do Rio de Janeiro com discussões sobre patrimônios, memórias e museus. O estudo foi pautado na corrente teórica conhecida como Museologia Social ou Sociomuseologia. Também são analisadas as mudanças paradigmáticas que essa maneira de pensar e fazer museus traz para a área. Ademais, discutimos alguns projetos museais inovadores pautados nesses princípios, como o Museu de Favela Cantalo Pavão-Pavãozinho (MUF), e como a entrada de novos atores nas discussões sobre os patrimônios, os museus e as memórias abre a área para novos modos de pensar, fazer e conceituar esses campos, mostrando que há sempre uma disputa política e de poder nesses movimentos.
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