A pandemia de COVID-19 e a conversão de idosos em “grupo de risco”
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29isuplp153-162Palavras-chave:
Velhice, Grupo de Risco, PandemiaResumo
No final de dezembro de 2019, autoridades internacionais são alertadas sobre a existência de um novo tipo de coronavírus, responsável por causar a doença COVID-19, que até meados de julho de 2020 infectou quase 13 milhões de pessoas e matou aproximadamente 600 mil em todo o mundo. Nesse período, o Brasil alcançou a triste marca de segundo país em número de contaminados, quase 2 milhões, e de mortes, mais de 75 mil. Com a definição de que se vive uma pandemia, os idosos, população com sessenta e mais anos, são reconhecidos como os mais afetados e, automaticamente, convertidos em “grupo de risco”. Nesse ensaio discuto como os estudos sobre envelhecimento são impactados pela conversão dos idosos em “grupo de risco” e reflito sobre desdobramentos do emprego dessa classificação na revalidação de imagens estereotipadas da velhice.
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