Diálogos de recriação entre literatura e cinema: as Eréndiras do verbo e da imagem em movimento
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.v0i19p860-883Palavras-chave:
Gabriel García Márquez, Ruy Guerra, Cinema, Literatura, IntermidialidadeResumo
O objeto central assumido neste estudo são os diálogos entre sistemas de signos da relação cinema-literatura. Esta relação principal será observada tomando por base representações ligadas ao imaginário cultural latino-americano. A partir de múltiplos fatores e modelos de estudo que incluem o cinema, procura-se analisar o movimento do processo criativo entre as obras La increíble y triste historia de la cândida Eréndira y de su abuela desalmada (1972), de García Márquez, e o filme Eréndira (1983), de Ruy Guerra. Para além de cuidar de uma relação de análise em que o filme está somente baseado no conto, busca-se pensar como os contextos culturais dos artistas e os potenciais representativos dos sistemas de signos em jogo ressignificam leituras que se materializam criando uma interpenetração dos discursos artísticos. Portanto, o presente trabalho se empenha em apresentar leituras cruzadas que possibilitam compreender o tratamento de questões culturais representadas no conto pelo ponto de vista dos recursos cinematográficos e o mesmo ao revés.
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