Passando a aforização em revista
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2013.69527Palavras-chave:
aforização, destacamento, mídia impressa, manipulaçãoResumo
Neste artigo, examinamos o fenômeno da aforização (Maingueneau, 2006, 2008, 2010, 2012) em revistas impressas de grande circulação no Brasil e na França. Por aforização devemos entender um enunciado que, destacado de um texto, é (re)utilizado como legenda de foto, título ou intertítulo. As aforizações podem ser por destacamento forte, quando perdem o elo com o texto fonte, e por destacamento fraco, quando se encontram no mesmo espaço do texto fonte. É esse segundo tipo de aforizações que nos interessa aqui, tendo em vista que a proximidade com o texto fonte permite conferir a fidedignidade do recorte feito. Isso porque nossa hipótese é a de que a utilização da aforização na mídia impressa é um recurso para manipular os leitores, tendo vista que os aforizadores, no processo de destacamento, podem alterar o que foi efetivamente dito, de modo a aumentar a curiosidade ou o interesse desses leitores. É, pois, nosso objetivo apreender as diferentes formas de alteração que ocorrem no processo de destacamento em revistas brasileiras e francesas, buscando evidenciar os efeitos de sentido produzidos. Do ponto de vista teórico, fundamentamo-nos na análise do discurso francesa, fazendo-a dialogar, em alguns momentos, com a semiótica francesa (nas “versões” standard e tensiva).
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