En cas de catastrophe. Les systèmes casuels et la dynamique qualitative
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2017.138414Palavras-chave:
actantes, casos, morfodinâmica, teoria das catástrofes, valênciaResumo
Ocupando um lugar ora menos, ora mais central a depender da perspectiva adotada pelos pesquisadores, a problemática dos casos atravessa, há séculos, os estudos da linguagem e das línguas naturais. Este artigo comenta, em primeiro lugar, os pontos de vista trazidos, desde a conhecida contribuição de Charles Fillmore, pelos autores contemporâneos. De passagem, constata-se que, entre estes, muitos conceberam tal problemática na esteira das teorias localistas e até mesmo, por vezes, em termos bastante próximos das intuições morfodinâmicas de René Thom ou Jean Petitot, embora geralmente não os citem. Sem ter a pretensão de fixar leis gerais, que a desconcertante diversidade dos casos nas línguas naturais desautoriza, resumo aqui certas tendências em direção a uma tipologia dos sistemas casuais; em especial a cisão, diacronicamente mais pronunciada ou menos, entre os sistemas de tipo ergativo / absolutivo, por um lado, e os que se baseiam na oposição nominativo / acusativo, por outro. Isso está, por sinal, em estreita dependência com a ordem sintática (SVO, SOV, etc.) das línguas em pauta. Ultrapassando a descrição dos tipos casuais nas línguas, examino a seguir as hipóteses explicativas da gênese de tais sistemas, contemplando os roteiros plausíveis de sua emergência no decorrer da hominização. Para tanto, relembro o desenvolvimento da actância (ou, como dizia Tesnière, da valência verbal) em seus principais patamares, pois ela terá desempenhado um papel primordial nesse longo processo. Depois de discutir o esquema actancial e sua análise cognitiva, assim como a morfogênese gramatical em seus múltiplos estágios, assinalo, na conclusão, algumas das vias hoje trilháveis para que o saber linguístico possa dar novos passos em direção à generalização teórica.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os trabalhos publicados na revista Estudos Semióticos estão disponíveis sob Licença Creative Commons CC BY-NC-SA 4.0, a qual permite compartilhamento dos conteúdos publicados, desde que difundidos sem alteração ou adaptação e sem fins comerciais.