Alterações antropogeomorfológicas na bacia hidrográfica Córrego Lajeado, Campo Grande - MS

Autores

  • Viviane Capoane Universidade Federal do Paraná
  • Melina Fushimi Universidade Estadual Paulista

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.196393

Palavras-chave:

Transformação espacial, Urbanização, Impactos ambientais, Formas antropogênicas

Resumo

A urbanização na bacia hidrográfica do Córrego Lajeado foi rápida e sem planejamento, o que desencadeou e/ou agravou impactos socioeconômicos e ambientais. Com o objetivo de gerar informações técnico-científicas para subsidiar o planejamento territorial e ambiental, este estudo realizou uma análise do relevo e do uso e cobertura da terra nesta bacia hidrográfica. Os atributos topográficos foram derivados de um Modelo Digital de Elevação (MDE) com resolução de 5 metros usando o software ArcMap e SAGA GIS. Os dados de uso e cobertura da terra para 1985 e 2021 foram obtidos da Rede MapBiomas. Índices radiométricos de vegetação foram derivados de imagens Sentinel-2 para o ano de 2021 usando o software SNAP. Os resultados obtidos mostram que a urbanização acelerou os processos morfodinâmicos, levando à criação de relevo antropogênico. Apesar de 50% da área da bacia estar localizada em uma Unidade de Conservação, que fornece 16% da água para a cidade de Campo Grande, a área está altamente degradada.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Viviane Capoane, Universidade Federal do Paraná

    Geógrafa pela Universidade Federal de Santa Maria;

    Mestre em Ciência do Solo pela mesma instituição;

    Doutoranda em Geografia na Universidade Federal do Paraná

Referências

AGRAER. Agência de Desenvolvimento Agrário. Com apoio do Governo do Estado, casal planta hortas e cria agrofloresta em área urbana da Capital. Disponível: https://www.agraer.ms.gov.br/com-apoio-do-governo-do-estado-casal-planta-hortas-e-cria-agrofloresta-em-area-urbana-da-capital/

ALVARES, C. A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n.6, p. 711-728, 2014.

ARIZA-VILLAVERDE, A.B.; JIMÉNEZ-HORNERO, F.J.; RAVÉ, E.G. Influence of DEM resolution on drainage network extraction: a multifractal analysis. Geomorphology, v. 241, p. 243-254, 2015.

BAKER, H.G. The evolution of weeds. Annual Review of Ecology and Systematics, v. 5, p. 1-24. 1974.

BALOQUE, G. F.; CAPOANE, V. Susceptibilidade a erosão do solo na bacia hidrográfica do córrego Bandeira, Campo Grande - MS. Revista Cerrados (Unimontes), v. 19, p. 183-217, 2021.

BLOSSEY, B.; NÖTZOLD, R. Evolution and increased competitive ability in invasive nonindigenous plants: a hypothesis. Journal of Ecology, v. 83, p. 887-889, 1995.

BRASIL. Portaria n. PR-254, de 25 de agosto de 2020. Disponível em: Diário Oficial da União. https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-pr-254-de-25-de-agosto-de-2020-274382852. Acesso em: 27 set 2020.

CAMPO GRANDE. Diário Oficial de Campo Grande - MS. 2013. Extrato do contrato n. 20, celebrado em 7 de março de 2013. Disponível: https://www.campogrande.ms.gov.br/seges/wp-content/uploads/sites/37/2017/01/20130401154027.pdf. Acesso: 23 jan. 2020.

CAMPO GRANDE. Decreto n. 12.680, de 9 de julho de 2015. Diário Oficial de Campo Grande, DIOGRANDE n. 4.313. Campo Grande, MS, 10 jul. 2015.

CEMADEN. Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Situação atual e previsão hidrometeorológica para a bacia do rio Paraná. Disponível em: http://www2.cemaden.gov.br/wp-content/uploads/2021/06/NotaTecnica_BaciaParana_2021_Maio31.pdf. Acesso: 11 agos. 2021.

CEMTEC. Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS. Banco de dados 2021. Disponível em: https://www.cemtec.ms.gov.br/boletins-meteorologicos/ Acesso: 10 fev. 2022.

CUNHA, J. M. P. A migração no Centro-Oeste Brasileiro no período 1970-96: o esgotamento de um processo de ocupação. Campinas: Núcleo de Estudos de População/ UNICAMP, 2002.

DADASHPOOR, H.; AZIZI, P.; MOGHADASI, P. Land use change, urbanization, and change in landscape pattern in a metropolitan area. Science of the Total Environment, v. 655, p. 707-719, 2019.

DU, Y.; ZHANG, Y.; LING, F.; WANG, Q.; LI, W.; LI, X. Water bodies’ mapping from Sentinel-2 imagery with Modified Normalized Difference Water Index at 10-m spatial resolution produced by sharpening the SWIR band. Remote Sensing, v. 8, n. 4, 2016.

ELMQVIST, T. et al. Urbanization in and for the Anthropocene. npj Urban Sustainability, v. 1, n. 6, p. 1-6, 2021.

GALVANI, A. P.; BAUCH, C. T.; ANAND, M.; SINGER, B. H.; LEVIN, S. A. (2016). Human–environment interactions in population and ecosystem health. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 113, n. 51, p. 14502-14506, 2016.

GESSESSE, A. A.; MELESSE, A. M. Temporal relationships between time series CHIRPS-rainfall estimation and MODIS-NDVI satellite images in Amhara Region, Ethiopia. Extreme Hydrology and Climate Variability, p. 81-92, 2019.

GODOY, P. R. T; BRAY, S. C. Considerações sobre o espaço urbano no Brasil. In: GERARDI, L. H. de O. (Org.). Ambientes: estudos da geografia. Rio Claro: UNESP, 2003. p. 185-200.

HIRATA, A. C.S.; GOLLA, A.R.; HESPANHO, R.A.M. Caracterização da horticultura como uma estratégia de agricultura urbana em presidente Prudente, estado de São Paulo. Informações Econômicas, SP, v. 40, n. 1, p. 34-43, jan. 2010.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Bases cartográficas contínuas – Brasil, 2021. Disponível em: Index of / (ibge.gov.br). Acesso: 10 já. 2022.

_____. Censo Demográfico 1872, 1950, 1960, 2010. Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=4&uf=00. Acesso em: 10 fev. 2022.

_____. Manual técnico de geomorfologia. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2009.

IMHOF, E. Cartographic relief presentation. Redlands, CA: ESRI Press, 2007.

MACHADO, S. F.; CHAVES, V. C.; FONSECA FILHO, R. E. Gestão de áreas protegidas: os conselhos gestores das unidades de conservação municipais de Ouro Preto/MG. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, Florianópolis, v. 7, n. 3, p.650-678, jul/set. 2018.

MADALENO, I. M. Políticas de apoio à agricultura urbana em Lisboa e Presidente Prudente. Revista de Agricultura Urbana, n. 4, 2001.

MapBiomas. Superfície de água no Brasil reduz 15% desde o início dos anos 90. Disponível: https://mapbiomas.org/superficie-de-agua-no-brasil-reduz-15-desde-o-inicio-dos-anos-90. Acesso em: 21 mar. 2022.

MOORE, D. et al. Soil attribute prediction using terrain analysis. Soil Science Society of America Journal, v. 57, p. 443-452, 1993.

MOORE, I. D.; GRAYSON, R. B.; LADSON, A. R. Digital terrain modelling: a review of hydrogical, geomorphological, and biological applications. Hydrological Processes, v. 5, n.1, p. 1-30, 1991.

MOORE, I. D.; NIEBER, J. L. 'Landscape assessment of soil erosion and nonpoint source pollution. Journal of the Minnesota Academy of Science, v. 55, p. 18-25, 1989.

NOBLE, I.R. Attributes of invaders and the invading process: terrestrial and vascular plants. In: DRAKE, J.A. et al. (Eds.). Biological Invasions: a global perspective New York: Willey. 1989. p. 301-313.

REJMÁNEK, M. 1996. Species richness and resistance to invasions. Pp 153-172. In: ORIANS, G.; DIRZO, R.; CUSHMAN, J.H. (Eds.). Biodiversity and ecosystem processes in tropical forests. New York: Springer. p. 153-172.

ROSA, R. Introdução ao Sensoriamento Remoto. 7 ed. Uberlândia: EDUFU, 2009.

ROSS, J.L.S.; FIERZ, M.S.M.; NEPOMUCENO, P.L.M.; MELO, M.A. Macroformas do relevo da América do Sul. Revista do Departamento de Geografia, v. 38, p. 58-69, 2019.

PELOGGIA, A. U. G. Conceitos fundamentais da análise de terrenos antropogênicos: o estudo da agência geológico-geomorfológica humana e de seus registros. Revista do Instituto Geológico, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 1-17, 2019.

PICKARD, B. R.; VAN BERKEL, D.; PETRASOVA, A.; MEENTEMEYER, R. K. Forecasts of urbanization scenarios reveal trade-offs between landscape change and ecosystem services. Landscape Ecology. 32, n. 3, p. 617-634, 2017.

PIKE, R. 1992. Machine visualization of synoptic topography by digital image processing. US Geological Survey Bulletin, 2016.

PLANURB. Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano. Revisão e atualização da Carta Geotécnica de Campo Grande. 2020.

SILVA, P. J. Vazios urbanos e a dinâmica imobiliária na produção do espaço em Natal / RN. 112 f. Dissertação (Mestrado) Universidade federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e regionais, 2015.

SMITH, M. J.; CLARK, C. D. Methods for the visualization of digital elevation models for landform mapping. Earth Surface Processes and Landforms, v. 30, n. 7, p. 885-900, 2005.

SOUZA et al. Reconstructing three decades of land use and land cover changes in Brazilian biomes with landsat archive and earth engine. Remote Sensing, v. 12, n. 17, 2020.

TANNER, E. P.; FUHLENDORF, S. D. Impact of an agri-environmental scheme on landscape patterns. Ecological Indicators, v. 85, p. 956-965, 2018.

TUCCI, C. E. M. Plano diretor de drenagem urbana: princípios e concepção. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 2, n. 2, p. 5-12, jul./dez. 1997.

UN. United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division. World Urbanization Prospects 2018: Highlights, 2019. Disponível em: https://population.un.org/wup/Publications/Files/WUP2018-Highlights.pdf. Acesso em: 12 fev. 2022.

VAN DEN EECKHAUT, M. et al. The effectiveness of hillshade maps and expert knowledge in mapping old deep-seated landslides. Geomorphology, v. 67, n. 3-4, p. 351–363, 2005.

VIEIRA NETO, J. A urbanização da região centro-oeste brasileira. Espaço em Revista, v. 10 n. 1 jan/dez, 2008

WANG, J.; ZHOU, W.; PICKETT, S.T.A.; YU, W.; LI, W. A multiscale analysis of urbanization effects on ecosystem services supply in an urban megaregion. Science of the Total Environment, v. 662, p. 824-833, 2019.

WECHSLER, S.P. Uncertainties associated with digital elevation models for hydrologic applications: a review. Hydrology and Earth System Sciences, v. 11, n. 4, p. 1081-1500 2007.

XUE, J.R.; SU, B.F. Significant remote sensing vegetation indices: A review of developments and applications. Journal of Sensors, p. 1-17, 2017.

ZHONG, K. et al. Dynamic changes in temperature extremes and their association with atmospheric circulation patterns in the Songhua River Basin, China. Atmospheric Research, v. 190, p. 77-88, 2017.

Downloads

Publicado

2023-08-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CAPOANE, Viviane; FUSHIMI , Melina. Alterações antropogeomorfológicas na bacia hidrográfica Córrego Lajeado, Campo Grande - MS. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 27, n. 2, 2023. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.196393. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/196393.. Acesso em: 28 abr. 2024.