Cinematização, transcriação e adaptação: aspectos sobre o poético nas relações intersemióticas de Abril Despedaçado
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v35i3p139-153Palavras-chave:
Cinema de Poesia, Literatura e Cinema, Pasolini, Ismail Kadaré, Walter SallesResumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar as relações intersemióticas mantidas entre o livro Abril Despedaçado, de Ismail Kadaré, e o filme homônimo de Walter Salles. Propomo-nos a analisar os processos de construção da adaptação levando em consideração a presença de elementos poéticos nas duas obras, tanto a literária como a fílmica. Desse modo, realizamos uma pesquisa bibliográfica de cunho comparatista, na qual concluímos que a presença da poesia em ambas as obras se faz pela realização de procedimentos estéticos específicos de cada meio semiótico, como o uso do ritmo literário e da câmera subjetiva. Como aporte teórico, utilizamos as considerações de Paz, o qual defende que a poesia não está presa a fórmulas ou a um determinado gênero, mas pode estar presente nos mais variados contextos e produções. Também utilizamos Pasolini e sua teoria do Cinema de Poesia, que está em consonância com a teoria de Paz.
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